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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Uma barbárie como nos tempos mais sombrios do país

Que polícia é essa que mata quando deveria proteger



O esclarecimento que começa a surgir de forma mais detalhada da tortura e morte do pedreiro Amarildo – uma barbárie que só tivemos notícia nos tempos mais negros do Brasil – revolta não só a população carioca, mas todo o país. O Rio de Janeiro, que serviu de exemplo para os demais estados da federação no início da implantação de sua política de segurança pública, estaria agora mostrando o fracasso desse projeto? A população carioca torce muito para que essa possibilidade não seja verdade.

Mas, não sendo verdade, como explicar uma polícia que mata e tortura? Em nome de quem? Que polícia é essa que leva mais de 90 dias para esclarecer a morte de uma pessoa assassinada, por mais de dez homens, sem nenhuma chance de defesa? Surgem agora os relatos velados desse momento de horror, só encontrando fato similar nos períodos mais nefastos da ditadura, quando pessoas inocentes eram torturadas nos porões dos quarteis.

Como podemos explicar aos nosso jovens, que felizmente não viveram os anos mais duros da repressão, valores de uma sociedade honrada e digna, se os exemplos que surgem são indignos, execráveis e que deveriam estar enterrados de vez num passado sombrio? Como dizer a nossos jovens que se manifestam, se rebelam e promovem a quebradeira, nos protestos pela cidade, que o vandalismo é errado? Quais argumentos ? Com essa polícia que deveria ser responsável pela ordem e segurança dos cidadãos?

São muitas as perguntas e poucas as respostas, principalmente de quem deveria dar todas as respostas para nossa sociedade: o poder público, que nesses momentos se cala e fica ausente, trasparecendo ter adotado a estratégia da sobrevivência dos desesperados.

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