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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Fantástico




Belíssima Música

Música é poesia que nos faz viajar , nos faz sonhar , recordações, imaginações, enfim música é algo sei la..(: 




Ouça no volume máximo! Acompanhe a letra...

O banditismo fascista da tucanalha paulista

Serra mostra os dentes: revista distribuída no Metrô acusa PT de assassinato




A revista Free São Paulo traz na capa de sua edição de hoje, 31, uma matéria sobre as investigações acerca da morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, em 2002. A apuração feita pela revista tem informações contraditórias e que não se sustentam. Na verdade, trata-se de um panfleto político com tintas jornalísticas.

O histórico da revista dá rastros fortes da origem dos ataques. A primeira edição da Free São Paulo, lançada em outubro do ano passado, tem como destaque uma entrevista com Bruno Covas, que na época era apontado como provável candidato do PSDB para a Prefeitura de São Paulo.

Na edição 14, a revista aborda um “calote” do Ministério da Educação nas universidades federais e coloca na capa uma foto quebradiça do então ministro da Educação, Fernando Haddad.

Na edição 25, a Free Brasil compara os governos FHC e Lula e coloca o tucano em vantagem, sem explicar a escolha por dados de meses diferentes na comparação das gestões.

O redator chefe da Free Brasil atende por Ernesto Zanon. No seu twitter pessoal Zanon costuma dar RTs e divulgar notas do candidato à prefeitura de São Paulo, José Serra.

Além deste histórico de matérias favoráveis ao PSDB, a publicação é impressa pela gráfica do grupo Folha de S.Paulo, a Plural Industria Gráfica. A gráfica é a mesma onde ocorreu o vazamento das provas do Enem em 2009. Caso que até hoje é atribuído na conta do atual candidato a prefeito de São Paulo, o ex-ministro Haddad. Mas, mais do que isso, um dos clientes do grupo que a realiza (Mídia Guarulhos Ltda) é o deputado federal e presidente do PSDB de Guarulhos, Carlos Roberto. Neste link você pode conferir dois pagamentos de 10 mil reais por serviços prestados pela empresa para o deputado na chamada verba de gabinete.

A matéria sobre o assassinato de Celso Daniel começa em tom opinativo e faz diversas afirmações sem que fontes ou provas as atestem. A hipótese de que a morte de Celso Daniel teria motivações política é embasada por uma entrevista com o promotor Márcio Friggi de Carvalho, do Grupo de Atuação Especial Regional de Repressão ao Crime Organizado do ABC.

O promotor acusa diversos políticos petistas de participação em um suposto esquema de extorsão de empresários do transporte em Santo André. Segundo ele, o esquema teria o objetivo de alimentar o Caixa 2 de campanhas eleitorais petistas. Porém, apesar de acusar nominalmente varias pessoas de participação no esquema, o promotor diz que Celso Daniel morreu por não aceitar que o suposto dinheiro desviado para as campanhas acabasse servindo de fonte de enriquecimento para membros do esquema.

No entanto, o promotor, muito que provavelmente para não ser vítima de processo, não cita nenhum nome como mandante do crime. Nem apresenta provas de que o PT estaria diretamente ligado ao assassinato. Mesmo assim a entrevista com o promotor foi suficiente para que a publicação estampasse na sua capa a figura da morte com o emblema do PT, associando o partido ao assassinato do ex-prefeito de Santo André.

Além do promotor, a Free São Paulo utiliza como fonte para a matéria uma participação do irmão de Celso Daniel, Bruno Daniel, no programa Roda Viva da TV Cultura.

Mas o fato mais grave presente na matéria é o tratamento dispensado ao atual prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. A revista o chama de “o novo gerente do esquema”. No entanto, em nenhum momento o promotor cita o nome de Marinho como envolvido no suposto Caixa 2 petista.

A reportagem ainda afirma que ele estaria sendo preparado para disputar o governo do estado em 2014, mas novamente não apresenta nenhuma fonte ou comprovação para tal afirmação.

O diretório estadual do PT divulgou nota em que rechaça a matéria publicada pela Free São Paulo e afirma que está tomando todas as medidas legais cabíveis para que os responsáveis respondam por seus atos. Na nota, o PT afirma que as investigações policiais sobre o assassinato de Celso Daniel chegaram à conclusão de crime comum, sem qualquer conotação político-partidária.
Veja a íntegra da nota do PT:

O Diretório Estadual do PT-SP divulga nota de repúdio à matéria veiculada nesta quinta-feira (31), pela revista Free São Paulo, cujo conteúdo contraria investigações policiais concluídas. O PT reitera que as denúncias envolvendo o nome do Partido são infundadas e todas as medidas cabíveis já estão sendo adotadas para que os responsáveis respondam por seus atos. Confira nota na íntegra:

O Diretório Estadual do PT em São Paulo refuta as declarações veiculadas na edição de número 32 da Revista Free São Paulo, dessa quinta-feira, dia 31 de maio.

Ao longo de sete páginas, a publicação elenca uma série de denúncias infundadas e contesta questões já esclarecidas pelas instituições policiais. O Partido dos Trabalhadores foi que mais cobrou que a morte do então prefeito Celso Daniel fosse esclarecida. Todas as investigações desenvolvidas pelas instituições policiais chegaram à conclusão de crime comum, sem qualquer conotação política-partidária.

O Partido dos Trabalhadores rechaça todas as tentativas de utilizar um episódio que ainda hoje nos entristece para atacar a nossa história e tentar tirar proveitos eleitorais. Esperamos que o Ministério Público e o Poder Judiciário cumpram as suas funções constitucionais e não se deixem envolver em disputas eleitorais que cabem somente a partidos políticos.

Ao contrário das leviandades publicadas pela referida revista, o PT representa um projeto que tem tirado milhões de brasileiros da miséria, da pobreza e exclusão social. Um projeto que tem garantido ao Brasil crescer economicamente com justiça social. Hoje o nosso país é paradigma internacional de desenvolvimento sustentável, com democracia e justiça social.

Os ataques feitos às nossas lideranças políticas têm o nítido objetivo de desgastar aqueles que são os representantes de um projeto político que é reconhecido internacionalmente e, principalmente, pelo povo brasileiro que tem nos dado a oportunidade de governar o Brasil, estados e municípios, propiciando qualidade de vida e tornando sujeitos históricos aquelas e aqueles que sempre foram oprimidos por uma elite que não consegue conviver com a igualdade de oportunidades.

Quanto ao festival de calúnias e difamações, o PT paulista está tomando todas as providências legais cabíveis e os responsáveis responderão pelos seus atos.

Direção do PT do estado de São Paulo.


Leia e veja mais na Revista Fórum

quarta-feira, 30 de maio de 2012

FORA COM O MINISTRO DA VEJA

Em defesa do Brasil e da Democracia!

BLOGOSFERA MOBILIZADA!

Golpe, nunca mais!

Urgente: favor divulgar em sites, facebook, orkut e twitter.


Luis Fausto: "Gilmar Mendes perdeu a compostura"

Vergonha ele já não tinha, nunca teve.

Dignidade, tampouco.

Basta lembrar a triste trajetória do ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) desde que foi indicado para a mais alta corte do país, em 2002, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, o que provocou uma carta irada publicada na Folha de S.Paulo pelo histórico advogado Dalmo de Abreu Dallari.

E basta lembrar, também, que no Senado ele teve 15 votos contrários à sua indicação - a maior rejeição a um nome para a suprema corte do país em toda a história brasileira.

De lá para cá, Gilmar Mendes notabilizou-se no STF por escorregões e ações que não combinam com a república democrata.

Libertou o banqueiro-ladrão Daniel Dantas, por exemplo, mesmo contra a vontade dos procuradores da República.

Conseguiu nomear uma enteada para o gabinete do senador Demóstenes Torres, em 2005.

Votou a favor dos políticos fichas sujas.

Em parceria com a revista Veja, inventou em 2008 grampos telefônicos que nunca existiram no STF.

Nas eleições presidenciais de 2010, trocou telefonemas esquisitíssimos com o então candidato tucano José Serra.

Mantém uma faculdade sob o seu comando, nela empregando ministros de várias cortes superiores.

E agora, acuado pelo escândalo provocado por Carlinhos Cachoeira, revelou com um mês de atraso uma conversa absurda com o ex-presidente Lula, coincidentemente em reportagem da mesma revista Veja da qual sempre foi próximo, e baixou o nível ontem e anteontem com declarações peludíssimas à imprensa engomada.

Perdeu a compostura, portanto.

Sem compostura, sem vergonha e sem dignidade, para onde vai o ministro Gilmar Mendes? 


Post publicado originalmente no Brasília Urgente

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Abertas as Inscrições Para o ENEM 2012!



A partir de hoje (28/05), estão abertas as inscrições para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e vão até 15 de junho. O valor da taxa é de R$ 35,00, que podem ser pagos atá 20 de junho. 

A inscrição é feita pelo Site do ENEM, estudantes concluintes do Ensino Médio pela Rede Pública, ou que comprovem baixa renda têm o direito da isenção da taxa. A nota do ENEM pode ser utilizada para os Programas do Governo Federal como o ProUni, FIES, Ciência Sem Fronteiras e o próprio SISU. 

Além disso o ENEM pode ajudar a obter o Certificado de Conclusão do Ensino Médio para quem ainda não concluiu os estudos. Para isso é necessário tirar a nota mínima de 450 na Prova e 500 na Redação. 


Vejam mais detalhes no Edital do ENEM!

Lula: "Meu sentimento é de indignação"



O Ex presidente Lula, emitiu nota no site do Instituto da Cidadania em que diz "meu sentimento é de indignação" com a informação mentirosa do ministro Gilmar Mendes à revista veja. O magistrado afirma que Lula o teria pressionado para adiar a votação do famoso "mensalão".  Cabe lembrar, que o Ex ministro da defesa Nelson Jobim, desmente a versão contada por Gilmar Mendes à revista da cachoeira. 
Leia abaixo à integra da nota. 



NOTA À IMPRENSA



São Paulo, 28 de maio de 2012

Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:

1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. "Meu sentimento é de indignação", disse o ex-presidente, sobre a reportagem.


2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.


3. "O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja", afirmou Lula.


4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.



Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

domingo, 27 de maio de 2012

Marcha das Vadias ganha segunda edição em São Paulo

Ontem (26) na Avenida Paulista, aconteceu a segunda edição da marcha das vadias. A manifestação percorreu toda a Rua Augusta, até a Praça da República. Segundo a polícia militar, cerca de (700) mulheres  participaram do protesto. Segundo os organizadores, o objetivo é chamar a atenção da sociedade que a culpa da violência e do abuso sexual. O ato é inspirado no movimento mundial chamado de 'Slut Walk', criado em abril de 2011. Na ocasição, um policial em Toronto, no Canadá, afirmou que, para evitar estupros, as mulheres deveriam parar de 'se vestir como vadias'.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Seca no nordeste


Na semana passada assistindo a um telejornal, vejo uma reportagem que me indignou: Milhares de agricultores do nordeste  tiveram grande perca de suas safras devido a seca. Após ver as imagens do sofrimento daquele povo, formulo a seguinte questão:  O que os políticos fizeram além de usar a seca para favorecimento próprio?  A resposta certamente é nada, pois é melhor decretar estado de emergência e fazer licitações fraudulentas do que resolver o problema de vez. 


É meus queridos leitores, o Brasil além de país do futebol é também o país da fome, da seca e da desigualdade..

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sem-teto são unha encravada no centro de São Paulo, diz Mano Brown




Cinco anos após um show que terminou em pancadaria na praça da Sé, o grupo de rap Racionais MC's volta sua artilharia para o centro de São Paulo. É terça à noite, e Mano Brown, KL Jay, Edi Rock e Ice Blue estão na rua Mauá, 340, ao lado da Estação da Luz. O que um dia foi o Hotel Santos Dumont parece, para quem vê de fora, uma edificação em ruínas.

O líder do Racionais sobe num tablado, colocado no pátio central do prédio, e se dirige às famílias de movimentos de sem-teto. "Para eles [poder público], o ser humano é um mero detalhe. Não é o povo deles que está aqui, que vai ser despejado!" Todos aplaudem, inclusive donas de casa que assistem à movimentação da janela de seus dormitórios.

Brown decidiu gravar o clipe da música "Marighella" --sobre o guerrilheiro comunista Carlos Marighella (1911-1969)-- num local com todos os ingredientes para se tornar um novo Pinheirinho --só que, dessa vez, no coração da metrópole, numa região sob disputa política por conta do projeto Nova Luz e das recentes operações anticrack.

Segundo ele, a gravação foi a maneira encontrada para apoiar as mais de 1.300 pessoas que moram no local há quase cinco anos. A Justiça determinou neste mês a reintegração de posse, cuja data será definida em julho. Embalados pelo discurso de Brown, os integrantes do Racionais e o rapper Dexter emendam um pocket show de luxo. Hits como "Nego Drama" e "Vida Loka (Parte 2)", pelos quais se costuma pagar alto para ouvir em clubes de "playboys", jorram um atrás do outro para os sem-teto.




Folha - O que veio fazer aqui?

Mano Brown - Eu já vinha acompanhando o caso da ocupação pelo noticiário. Estava indiretamente engajado, e o pessoal do movimento vinha falando que a gente precisava gravar aqui, porque aqui é onde estão as ideias do Marighella.

Como foi gravar na Mauá?

A ficha ainda não caiu. Eu já tive oportunidade de cantar falando das coisas dentro da coisa em si, como na casa de detenção. A gente fez a música 'Diário de Um Detento" e cantamos dentro da detenção [Carandiru], antes dela cair. Foi mais ou menos como hoje aqui. O Marighella falava sobre isso: reforma agrária, divisão das terras, justiça social. E aqui é como se fosse a unha encravada da cidade. É um problema que eles [poder público] não querem, não têm sensibilidade para resolver como deveriam.

Como vê as ações recentes aqui na cracolândia?

Isso se chama especulação imobiliária. Já fizeram isso em São Paulo no começo do século 20. Fizeram isso no Rio de Janeiro, no Bronx, em vários lugares. É um lance racial. São Paulo foi forjada assim. O que a gente tá vivendo aqui é resquício da época da escravidão, são as mesmas fórmulas. Eles querem "limpar", sumir com o problema, e não resolver.

Acho que eles [sem-teto] têm que lutar mesmo. Não tem que demarcar território para A, B ou C. Se eles estão vivendo aqui, eles têm que continuar aqui. E o rap deve ajudar. Eu sei que eu tenho um peso e que eu posso colaborar.

E a prisão do rapper Emicida em Belo Horizonte?

O Brasil está em transição. O Brasil não sabe se é um país moderno ou se ainda está em 1964. Essa geração da direita... eles falam que não existe direita, mas existe direita. Kassab é de direita, Alckmin é de direita, certo? Eles falam que não, mas têm o mesmo modus operandi dos caras da antiga, de usar a força, de usar o poder e de passar para frente o B.O. para outro resolver.

Acha que essa causa da Ocupação Mauá vai conseguir apoio da população de São Paulo?

A sociedade primeiro tem que se sensibilizar. São Paulo é uma terra em que as pessoas são muito individualistas. Usa-se o termo reacionário, né? Grande parte da população vê eles [sem-teto] como um problema e prefere se livrar deles usando o sistema. Isso é uma coisa bem de São Paulo. A pessoa cai aqui, você passa por cima e vai embora. Isso é São Paulo.

Quem mora lá [na periferia] fica isento de muita coisa, tem um lugar reservado, mas fica longe de tudo. E aqui eles estão perto de tudo --e isso tem um preço. Estar perto do progresso tem um preço. Então querem cobrar esse preço deles. Você não tem direito de estar perto do hospital, da estação de trem, do metrô, você não tem direito de estar a cinco minutos do trabalho. Você tem que estar lá no fundo, onde as pessoas que não têm direito estão.

Ninguém é dono de São Paulo e o paulista não é dono de São Paulo. O brasileiro é dono de São Paulo, como é também dono da Bahia, dono de Minas Gerais...

O que acha da Comissão da Verdade?

Tem que fazer justiça mesmo. Tem que buscar o pé da fita mesmo, como dizem lá na minha quebrada, e tem que punir quem tem que ser punido. Se é que eles estão vivos ainda. Vai punir quem? Quem tá vivo para ser punido? Igual o [ditador chileno Augusto] Pinochet, que foi preso com oitenta e tanto. Vive bem, dorme bem, come bem, aí vive 90 anos. E o trabalhador mesmo...

O espaço do rap na Virada Cultural diminuiu. Isso tem a ver com o show do Racionais de 2007, na Sé?

Com certeza, isso daí tem a ver com o Kassab.

Você acha que a Prefeitura de São Paulo ainda não superou, não esqueceu?

Não esqueceu, mas é lógico que o Racionais é a ponta do iceberg. O Racionais é um grupinho, é grão de areia perto do problemão que eles têm que enfrentar. Eu não ligo pelo rap, eu não ligo pelo estilo musical. Eu brigo por uma raça, por um povo. Não está acontecendo só com o rap isso. Os caras estão invadindo as festas nos bairros, ospancadões que o pessoal faz na rua. Não tem carnaval na Bahia, que é popular, que acontece na rua? Não tem carnaval na rua lá no Rio? E por que não pode ter em São Paulo?



Fonte: Folha

domingo, 20 de maio de 2012

A constituição determina que o Estado brasileiro é laico



Ontem na Cidade Maravilhosa (sábado 19) aconteceu a marcha para jesus. O evento reuniu cerca de 300 mil evangélicos de diferentes denominação. O prefeito Eduardo Pães (PMDB) liberou dos cofres públicos cerca de 2,48 milhões para montagem do palco, sistema de som e decoração. Cabe lembrar, que de acordo a nossa constituição, que determina a Laicidade do Estado, a prefeitura não pode conceder verba à atividade religiosa. Segundo o prefeito que compareceu à abertura da marcha, disse que seu papel é apoiar todos os eventos. Durante o percurso os participantes exibiam faixas com dizeres contra a lei que criminaliza a homofobia. Enquanto isso o povo sofre por atendimento médico, e outros serviços essenciais de responsabilidade do município.

O algoz quer equivalência com as vítimas




Nesta terça-feira, dia 22, a Comissão da Anistia julgará um dos casos mais desconcertantes do ciclo da ditadura militar brasileira: o caso do Cabo Anselmo. José Anselmo dos Santos foi um dos líderes da mobilização dos marinheiros nos anos 60. Em 25 de março de 1964 emprestou sua voz a um dos discursos mais inflamados da crise que levaria ao golpe de 64. Depois tornou-se um traidor convicto; um membro do aparato repressivo que admite ter sido responsável pela prisão ou morte de cerca de 200 militantes políticos, inclusive a morte da própria companheira, Soledad Barrett Viedma, que denunciou ao delegado torturador Sergio Fleury, grávida de sete meses. Soledad seria executada então com mais cinco militantes em Pernambuco, em janeiro de 1973. O braço-auxiliar de Fleury quer agora uma reparação do Estado brasileiro.

Anselmo reivindica o direito à aposentadoria militar pela Marinha. No momento em que o governo instala uma Comissão da Verdade e algumas vozes na mídia - e na própria comissão - tentam vaporizar a história brasileira, dissolvendo-a em uma fornalha de suposta equivalência entre opressão e resistência nos marcos de uma ditadura militar, esse pode ser um julgamento referencial.

A Comissão de Anistia tem a responsabilidade de delimitar claramente o campo histórico e dentro dele distinguir as forças que perfilaram como algozes, daquelas que tombaram como vítimas, na resistência à opressão e à injustiça.

Órgãos de imprensa que cederam viaturas à repressão nos anos de chumbo ecoam a tese da diluição em causa própria. Infelizmente, não foram os únicos a acolchoar a infra-estrutura dentro da qual gritos foram sufocados, corpos foram moídos e a democracia asfixiada.

Em entrevista ao programa Roda-Viva, da TV Cultura, em outubro de 2011, Anselmo afirmou que não se arrepende de nada. Mas reclamou da situação financeira, só mitigada, disse, pela ajuda que recebe até hoje de um grupo de empresários. Solidariedade espontânea ou compra de silêncio de outros elos da mesma engrenagem?





No: Carta Maior

A função social do trabalho do professor

Hoje fui organizar os meus livros e uma montanha de xerox( textos que os professores trabalharam na época de faculdade), a cada texto, provas e trabalhos que encontrava, Eu viajava no tempo. Encontrei esse texto, e resolvi compartilhar com os leitores deste espaço.


O trabalho do professor não está limitado ao ensino, puro e simples, do conteúdo da sua matéria. Segundo  Mário Sérgio Cortella, PUC-SP, ele não pode esquecer a carga de tarefa política inerente à sua função. "Não se trata de política partidária, partido é uma opção das pessoas, que elas fazem ou não, mas a política que todos fazemos pois todo ofício tem um reflexo social".

No seu entender, a escola não é só local de transmissão de conhecimento, mas é essencialmente um local de formação de pessoas. Essa formação deve contemplar três requisitos: fornecer sólida base científica, pois a ciência é uma arma eficiente na transformação da realidade; formar para a cidadania e criar nessas pessoas o sentido da solidariedade social, sem o qual as duas primeiras não funcionam. "Se não criar o espírito solidário teremos como resultado o uso narcísico do conhecimento". 

A reflexão sobre as tarefas sociais do professor pode começar usando-se o que ele chama de "ética da rebeldia", ou seja, "colocar nossa competência profissional a favor de uma ética inconformada com a realidade".

"A imensa carga técnica da nossa rotina pedagógica não pode servir de desculpa para que o professor perca a dimensão política de seu trabalho. Uma prova não é neutra, assim como também não é neutra a avaliação. "Ao elaborar a prova, o professor pode trabalhar no sentido de aumentar o processo de exclusão que já existe na escola, ou pode fazê-las para que os alunos cresçam dentro do seu processo de informação e cidadania". O mesmo se dá com relação à avaliação, que pode servir para reorientar os processos ou pode ser meramente punitiva. Todas essas atividades têm forte componente político, que pode ser conservador ou trabalhar na construção de uma nova realidade. Não existe neutralidade.

" Os docentes que acreditam serem neutros em sua atividade, precisam estar cientes que em uma sociedade dividida em classes sociais, a neutralidade significa a adesão ao grupo que detém o poder". E cita um exemplo: "numa briga de um menino de 15 anos e um de 8, colocar-se neutro é ficar ao lado do de 15 anos". Isso, no entender de Cortella é, no mínimo, ser um inocente útil porque ele pode não estar refletindo, sobre isso, mas quem controla o poder certamente está contando com a sua "neutralidade". 

sábado, 19 de maio de 2012

O mais querido do Brasil


O sentimento não para, pois todo Rubro Negro tem amor infinito.
Óh meu mengão eu gosto de você
quero cantar ao mundo inteiro
a alegria de ser rubro-negro
conte comigo Mengão
acima de tudo rubro-negro

De todas as paixões que eu tive, és o mais antigo,  Meu Flamengo é minha vida, minha história, meu primeiro amigo. Ser Flamengo é ousar, é contrariar norma. Eu levo esse Manto Sagrado no meu peito desde que eu nasci. FLAMENGO, minha paixão.  

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Espaço Plural

Sempre defendi em sala de aula, que a escola é um lugar para se aprender sobre nossos direitos, responsabilidades, para reconhecer e repudiar a violência e desigualdades.


Edir Macedo escreve que quem não paga dízimo é 'ladrão de Deus'

Foto usada pelo evangélico para
ilustrar o texto "Crentes ladrões"

O bispo Edir Macedo, chefe da Igreja Universal, transcreveu em seu blog vários trechos da Bíblia para afirmar que crente que não paga dízimo é “ladrão de Deus”. O blog reproduz uma foto de um bandido mascarado arrombando uma janela.

Ele disse que esses “crentes desobedientes são piores do que os malfeitores incrédulos”, porque “são ladrões diante do Deus-Pai, ladrões diante do Deus-Filho e ladrões diante do Deus-Espírito Santo”. 

Para Macedo, essa é a explicação de a maioria dos crentes ser “fracassada”. “Sabem confessar promessas como 'O Senhor é o meu pastor e nada me faltará…' Mas não vivem isso. Antes, são servos dos ímpios e incrédulos.” 

Argumentou que só é “parceiro” do Espírito Santo quem paga os 10% do dízimo. “Isso se chama atitude de pura fé.” 

Não é a primeira vez que Macedo cobra com contundência o pagamento do dízimo. Mas ele nunca tinha usado um tom agressivo, que chega a ofender os fiéis.

A Universal não deve estar conseguindo cumprir sua meta de arrecadação.

Fonte http://www.paulopes.com.br/

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Tese ridícula da nossa justiça

O apresentador da TV Bandeirantes Bori Casoy teceu comentários que ofendeu a honra dos garis e a Justiça paraibana achou tudo normal. Segundo o juiz que "absolveu" Boris Casoy, o gari que ajuizou ação de danos morais em face do reacionário apenas sofreu dissabor. Enquanto isso, lá no Rio de Janeiro, a Justiça, em nome da liberdade de imprensa , condena o apresentador do domingo espetacular da Rede  Record Paulo Henrique Amorim só porque ele afirmou no seu site que Daniel Dantas era um passador de bola.Segundo os desembargadores, a honra do banqueiro foi atingida.Honra atingida? Vê se pode! Fala sério! Só sendo brincadeira.





Crise Política


Vivemos uma crise política e cultural, que vem gerando um amplo debate para discutir temas vistos como "espinhoso", mas que necessita ser abordado sem discurso moralistas e discriminatório. O Deputado fala do movimento LGTB, Casamento Civil Igualitário e a descriminalização da maconha. 




Roda Viva - Marcelo Freixo - 14/05/2012




O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) foi o centro do Roda Viva de segunda-feira (14/5). Ele falou sobre o combate às milícias fluminenses. Segundo o deputado, as UPP’s não enfraqueceram as milícias. “O Brasil tem historicamente uma polícia para ser violenta e manter a ordem. Isso gerou um controle de território. A polícia sempre fez o serviço sujo da política, nas áreas mais pobres”. Transportes, distribuição de gás, e mais inúmeros serviços básicos nas comunidades são as milícias que controlam nas favelas, é o que afirma.

Em 2008, ele presidiu a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Ele relata receber constantes ameaças de grupos criminosos. Até agora foram 38.

Na última semana, entrou com pedido de abertura de CPI para investigar os contratos da empreiteira Delta com o governo estadual. Dirigentes da empresa são suspeitos de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

“Eu sofro ameaça desde 2008, desde que a CPI começou. Enfrentar a máfia tem as suas conseqüências. Após a morte da juíza Patrícia Acioli, eu recebi sete ameaças detalhadas, com preço da minha morte. Tinham nomes ali. A morte de Patrícia foi um recado para calar o poder Judiciário".

Para o deputado, as milícias controlam muito mais o país do que o tráfico. “Eu concordo que o trafico internacional é organizado, mas não tem 10% de organização que as milícias possuem. A milícia tem projeto de poder, porque seus representantes se candidatam para domínio de território”.

Freixo revela que agiotagem é uma prática muito comum na milícia e que elas são as bases de governo. “Eu não tenho dúvida que nesse ano que tem eleição no Rio de Janeiro para vereador, a milícia vai voltar a se eleger. A milícia não presta serviço ao comerciante, pelo contrário, o comerciante tem que pagar para trabalhar. Eles invertem o sistema. O crime organizado está dentro do Estado”.

O parlamentar considera o Estado o principal violador dos Direitos Humanos. “A população não é consultada para nada no Rio. Temos o exemplo do metrô. Eles estão fazendo a linha 4 que é um escândalo. O que eles vão fazer é prolongar essa linha. E isso só para não precisar fazer licitação e beneficiar a empresa”.

Quando o assunto é maconha se diz a favor da descriminalização e acredita em um debate social sobre o melhor a fazer. “É importante de o país se pensar, porque a repressão fracassou".

O candidato a prefeito do Rio de Janeiro nas próximas eleições acredita que é importante ter artistas como Caetano Veloso, Padilha, a Dira Paes na campanha, mas também pretende ter apoio da sociedade civil. "Para ganhar essa eleição, tem que haver um nível de mobilização da sociedade muito grande. Além disso, pode ter uma relação mais profunda com as organizações sociais. É isso que chamamos de aliança com a sociedade civil".

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sobre a detenção do rapper Emicida em Belo Horizonte

O rapper Emicida foi detido na noite deste domingo (13) após terminar seu show no festival Palco Hip Hop, em Belo Horizonte (MG), acusado de desacato à autoridade.




O motivo foi o seguinte comentário do músico, feito antes de dar início à música “Dedo na Ferida”, a primeira de seu show. “Antes de mais nada, somos todos Eliana Silva, certo? Levanta o seu dedo do meio para a polícia que desocupa as famílias mais humildes, levanta o seu dedo do meio para os políticos que não respeitam a população e vem com ‘noiz’ nessa aqui, ó. Mandando todos eles se fuder, certo, BH? A rua é noiz.” O momento foi registrado em vídeo .

Policiais militares que prestavam serviço no evento consideraram o comentário ofensivo a eles, esperaram que Emicida terminasse seu show e deram voz de prisão ao músico, que foi levado ao 39 DP (Barreiro) pouco depois das 19h30 e liberado por volta das 22h35.

Na versão que foi registrada no Boletim de Ocorrência, policiais afirmam que Emicida teria dito uma frase diferente da que o vídeo e o áudio em anexo comprovam. Por isso, o músico não assinou o documento. A alegação dos policiais é a de que ele teria dito a seguinte frase: "Eu apóio a invasão do terreno Eliana Silva, região do Barreiro, tem que invadir mesmo, levantem o dedo do meio para cima, direcione aos policiais, pois todos esses tem que se fuder". 

Em nenhum momento o rapper se dirigiu diretamente aos policiais militares que trabalhavam no evento ou pediu que o público fizesse algum gesto obsceno a eles.


As revoltas conquistaram a Abolição



Infelizmente, os estudantes desconhecem a verdadeira história da abolição da escravidão no Brasil. Na escola, desde o ensino fundamental, as únicas recordações que ficam no imaginário popular são da princesa boazinha que “libertou” os escravos. E por aí vai se reproduzindo a “história oficial”.

Brasil e Cuba foram os dois últimos países do mundo a eliminar a escravatura como base de um modo de produção. A Guerra da Secessão (1861-65), nos Estados Unidos, cobrou o preço de mais de um milhão de mortos para que se encerrasse a escravidão e, de fato, se unificasse a nação. O Haiti se tornou a primeira nação negra das Américas quando, após ter conquistado a libertação, em 1794, com uma insurreição dos escravos negros, expulsou a bala e a facão, em 1803, os colonialistas franceses.

No meio do século XIX já não havia mais como manter a escravidão no Brasil. As lutas contra escravidão negra tomavam conta do país. De longe vinha o Quilombo de Palmares, sobre o qual não é preciso se estender. As homenagens que até hoje recebe Zumbi são o testemunho da luta heróica e dolorosa dos negros, hoje parte integrante da classe trabalhadora brasileira, para se libertar de toda opressão e exploração. Inúmeras revoltas populares se somavam às rebeliões de escravos, aos assaltos às fazendas e assassinato de fazendeiros.

Nas décadas de 1830 e 1840, o país havia vivido algumas das suas maiores rebeliões ou guerras internas. Entre 1835 e 1840 a província do Grão-Pará (atualmente os estados do Pará, parte do Amazonas, Amapá e Roraima) conheceu as revoltas da “cabanagem”, nome dos negros, índios e mestiços, que viviam nas cabanas. Eles chegaram a tomar Belém e instituir um governo próprio, em choque frontal com a monarquia escravagista. Esta grande luta popular pagou um tributo de 40 mil mortos tombados na luta por liberdade e igualdade.

A Balaiada, no Maranhão, que durou de 1838 a 1841, teve como herói da monarquia o militar que ganhou ali seu primeiro título de nobreza, o Barão de Caxias (uma das mais importantes cidades do Maranhão), que viria a ser o Duque de Caxias. Como herói das classes populares, teve o negro Cosme, líder de um quilombo, que comandou cerca de três mil homens armados em combates contra as tropas da monarquia. Mesmo na Guerra dos Farrapos, que se estendeu de 1835 a 1845, no Rio Grande do Sul, quando a elite local chegou a proclamar a República do Piratini, os negros jogaram um papel importante e conquistaram a reivindicação de libertação de todos os negros que lutaram ao lado de Bento Gonçalves contra a monarquia.

O Brasil chegava ao fim do século passado marcado por rebeliões e imerso numa profunda crise econômica. Esta situação tensa, fruto do agravamento constante das crises econômicas no mercado mundial, juntava-se à pressão internacional da burguesia, que não podia permitir a continuidade da concorrência de produtos da mão-de-obra escrava. Mas a escravidão não caiu de madura: foi derrotada pela primeira luta popular de caráter nacional da história brasileira.

A luta abolicionista juntou negros, brancos, mestiços e mulatos. Entre seus líderes, estavam ex-escravos. Enquanto, nas fazendas, os escravos se rebelavam e fugiam, ajudados pelos abolicionistas, outros atores entravam em cena. Os trabalhadores das ferrovias e os operários gráficos, núcleos de uma classe operária ainda em formação, participaram ativamente do movimento, escondendo os negros fugidos e imprimindo os panfletos anti-escravistas. Essa história permanece oculta da maioria dos jovens estudantes.

A princesa Isabel, quando assinou a Lei Áurea, estava firmando um documento de derrota – a prova da falência do próprio Império, que caiu no ano seguinte. Mas, para aqueles que trabalhavam a terra, e praticamente só sabiam fazer isto, o fim da escravidão não significou o acesso a terra. Significou, isso sim, seu despejo das fazendas. E assim os escravos foram expulsos de um modo de produção e a maquinaria da economia se desenvolveu através de uma abundante mão-de-obra livre, basicamente estrangeira, imigrada com amplo financiamento do Estado para suprir as necessidades da atrasada burguesia rural brasileira. É por isso que a burguesia brasileira nasce no campo e não nas cidades.

O Império pintou a imagem do 13 de Maio como um presente da princesa benfeitora. Os defensores das chamadas políticas de ações afirmativas pintam hoje o 13 de Maio como a mentira da princesa malfeitora. A divergência é superficial, pois ambos se apegam ao ato da autoridade, ocultando atrás dele as lutas de classes no Brasil e no mundo neste período. É como atribuir o fim da ditadura militar à candidatura de Tancredo Neves ao Colégio Eleitoral, escondendo as lutas dos trabalhadores e estudantes que derrotaram os generais.

Comemorar o 13 de Maio é trazer a tona a verdadeira história de lutas do povo brasileiro. É homenagear centenas de milhares de brasileiros que lutaram e, em muitos casos, deram sua vida para que se inscrevesse na lei o fim da escravidão. Acima de tudo, é retomar o fio de continuidade da luta pela igualdade que inspirou os abolicionistas.

Nós temos a convicção de que não se derrota o racismo por meio da divisão dos trabalhadores e estudantes em “brancos” e “negros”, como querem os defensores das leis raciais. Só se derrota o racismo superando o imenso abismo entre as classes sociais, pela extensão dos serviços públicos de qualidade para todos e pela conquista de empregos para todos os trabalhadores, seja qual for o tom da sua pele.



*José Carlos Miranda é vice presidente do PT Caieiras (SP) e Coordenador Nacional do Movimento Negro Socialista (MNS).
Vi no esquerda Marxista.

sábado, 12 de maio de 2012

Nostalgia

Segundo Nietzsche, a vida sem música seria um erro ... Acredito que seja verdade. Música é poesia que nos faz viajar , nos faz sonhar , recordações, imaginações, enfim música é algo sei la..(:






Ouça no volume máximo! Acompanhe a letra..



quarta-feira, 9 de maio de 2012

Absurdo: no Maranhão escola Paulo Freire vira Roseana Sarney



Essa gente não se emenda, além de fazer do Maranhão, um dos estados mais pobres do País, sua capitania hereditária, a família do patrono do fisiologismo pátrio, José Sarney, batiza 161 escolas com o sobrenome de sua raça ruim. Não satisfeitos trocaram o nome de uma escola que homenageava o grande educador Paulo Freire para o da deseducadora e atual mandatária da capitania, Roseana Sarney.
Isto no ano em que Paulo Freire foi proclamado patrono da educação brasileira, e o Brasil é governado por um governo de esquerda, que por um troço que chamam de governabilidade, é aliado do imortal e dono do Maranhão, o crápula José Sarney.
Paulo Freire, gostando-se ou não de suas propostas, foi um dos grandes brasileiros do século passado, um homem que passou sua vida dedicando-se a construir um mundo mais justo e solidário, não merecia uma desfeita deste porte, realizada por gentinha que acha que batizando prédios públicos com seus nomes, ficarão para a História. Ficarão sim, no lixo que ela reserva a este tipo de gentalha!
A diferença entre Paulo Freire e José Sarney é que um foi cassado, preso e depois exilado pela ditadura militar, por não se vergar perante os coturnos da opressão; já o outro, se verga perante qualquer poder ou ideologia, desde que se mantenha ao lado dos poderosos da vez!
Quem quiser conhecer um pouco sobre a vida e a obra de Freire vá no Instituto Paulo Freire

Ditadura foi nazista


A notícia é estarrecedora: militantes políticos envolvidos no combate à ditadura militar tiveram seus corpos incinerados no forno de uma usina de cana-de-açúcar em Campos dos Goytacazes, no Norte do estado do Rio de Janeiro, entre 1970 e 1980.O regime militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985 merece, agora, ser comparado ao nazismo. A revelação é do ex-delegado do Dops (polícia política) do Espírito Santo, Cláudio Guerra, hoje com 70 anos. 

Segundo seu depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, no livro Memórias de uma guerra suja (Topbooks), no forno da usina Cambahyba – de propriedade de Heli Ribeiro Gomes, ex-vice-governador do Rio de Janeiro entre 1967 e 1971, já falecido –, foram incinerados Davi Capistrano, o casal Ana Rosa Kucinski Silva e Wilson Silva, João Batista Rita, Joaquim Pires Cerveira, João Massena Melo, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão Filho, Eduardo Collier Filho e Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira.

Os militantes teriam sido retirados de órgãos de repressão de São Paulo – Deop e DOI-Codi – e do centro clandestino de tortura e assassinato conhecido como Casa da Morte, em Petrópolis. Cláudio Guerra acrescenta às suas denúncias que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra, um dos mais notórios torturadores de São Paulo, teria participado, em 1981, do atentado no Riocentro, na capital carioca, na véspera do feriado de 1º de Maio. 

Se a bomba levada pelos oficiais do Exército não tivesse estourado no colo do sargento Guilherme Pereira do Rosário, ceifando-lhe a vida, centenas de pessoas que assistiam a um show de música popular teriam sido mortas ou feridas. O objetivo da repressão era culpar os “terroristas” pelo hediondo crime e, assim, justificar a ação perversa da ditadura. 

Guerra aponta ainda os agentes que teriam participado, em 1979, da Chacina da Lapa, na capital paulista, quando três dirigentes do PCdoB foram executados. Acrescenta que a “comunidade de informação”, como eram conhecidos os serviços secretos da ditadura, espalhou panfletos da candidatura Lula à Presidência da República no local em que ficou cativo o empresário Abílio Diniz, vítima de um sequestro em 1989, em São Paulo, de modo a tentar envolver o PT.

Uma das revelações mais bombásticas de Cláudio Guerra é sobre o delegado Sérgio Paranhos Fleury, o mais impiedoso torturador e assassino da regime militar, morto em 1979 por afogamento. Tida até agora como um acidente, a morte, segundo o ex-delegado, teria sido“queima de arquivo”, crime praticado pelo Cenimar, o serviço secreto da Marinha. Guerra assume ter assassinado o militante Nestor Veras, em 1975, alegando que apenas deu “o tiro de misericórdia” porque ele havia sido “muito torturado e estava moribundo”.

Das notícias da repressão há sempre que de sconfiar. Guerra fala a verdade ou mente? Tudo indica que o ex-delegado, agora travestido de pastor adventista, não se limitou, na prática de crimes, à repressão política. Em 1982, a Justiça o condenou a 42 anos de prisão pela morte de um bicheiro, dos quais cumpriu 10 anos. Em seguida mereceu 18 anos de condenação por assassinar sua mulher, Rosa Maria Cleto, com 19 tiros, e a cunhada, no lixão de Cariacica, em 1980. Ele alega inocência nos três casos, embora admita que matou o tenente Odilon Carlos de Souza, a quem acusa de ter liquidado sua mulher Rosa.

Espera-se que a presidente Dilma anuncie, o quanto antes, os nomes dos sete integrantes da Comissão da Verdade, que deverá apurar crimes e criminosos da ditadura. E investigar as denúncias do policial capixaba. Infelizmente a comissão ainda não será da Verdade e da Justiça. O Brasil é o único país da América Latina que se recusa a punir aqueles que cometeram crimes em nome do Estado, entre 1964 e 1985. O pretexto é a esdrúxula Lei da Anistia, consagrada pelo STF, que pretende tornar inimputáveis algozes do regime militar. 

Ora, como anistiar quem nunca foi julgado e punido? Nós, as vítimas, sofremos prisões, torturas, exílios, banimentos, assassinatos e desaparecimentos. E os que provocaram tudo isso merecem o prêmio de uma lei injusta e permanecer imunes e impunes como se nada houvessem feito? O nazismo foi derrotado há quase 70 anos, e ainda hoje novas revelações vêm à tona. Enganam-se os que julgam que a Lei da Anistia, o silêncio das Forças Armadas e a leniência dos três poderes da República haverão de transformar a anistia em amnésia. Como afirmou Walter Benjamin, a memória das vítimas jamais se apaga. 





Frei Betto
Escritor, autor de Diário de Fernando %u2013 Nos cárceres da ditadura militar brasileira (Rocco), entre outros livros.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Conflitos por terra dão salto e violência contra trabalhadores rurais bate recorde



Os números do caderno da Comissão Pastoral da Terra (CPT), lançado nesta segunda-feira (7/5), apontam para um pico nos conflitos no campo em 2011, em comparação com todos os anos desde 2003.

Os conflitos no campo passaram de 1.186 para 1.363, registrando um aumento de 15% no total em comparação a 2010. As pessoas envolvidas passaram de 559.40, em 2010, para 600.925, em 2011.

Foram 1.035 conflitos por terra, 260 conflitos trabalhistas e 68 conflitos pela água. Mais de 60 % dos conflitos tem relação com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O conflito por terra é o que apresenta um aumento expressivo. Em 2010, foram 835, passando para 1.035 em 2011. Desse número, 683 são atribuídos ao setor poder privado e 84 ao poder público. O setor privado é, portanto, o maior protagonizador dos conflitos no campo.

De acordo com o professor Carlos Walter Porto Gonçalves, coordenador do programa da pós-graduação da UFF (Universidade Federal Fluminense), “quando são os Sem Terra, populações tradicionais que protagonizam a luta, aumentam a intervenção do poder público, mas não aumenta sua ação quando aumenta a violência do poder privado”.

Segundo ele, as leis estabelecidas favorecem as ocupações territoriais por parte do capital, como as alterações no Código Florestal, que visam o lucro e não a ética. “A essência do novo Código é dar legalidade às práticas ilegais”, ressalta o professor.

Os dados sobre o trabalho escravo no campo, que também são registrados pelo relatório, revelam que é uma prática em vários locais do país. Em 2011, houve um aumento de 12,7% nas ocorrências de trabalho escravo no campo, em relação a 2010. Nesta semana, deve ser votada a PEC do Trabalho Escravo, que prevê a desapropriação dessas áreas para a Reforma Agrária, na Câmara dos Deputados.

Violência, impunidade e ameaças

De acordo com o relatório, o aumento da violência no campo está diretamente ligado ao avanço do capitalismo na agricultura. No período da votação do novo Código Florestal, ocorreram 29 assassinatos, sendo 11 haviam sofrido ameaças de morte. De 2010 para 2011 esse número aumentou consideravelmente de 125% para 178%.

Laísa Sampaio, irmã de Maria do Espírito Santo e cunhada de José Cláudio, ambos assassinados em maio de 2011 em Nova Ipixuna, no Pará, também está sendo ameaçada de morte. “Sentimos na pele que nossa cabeça esta a prêmio. É uma situação que se tornou pública. Governo sabe? Sabe", diz Laísa.

Para ela, a impunidade é o reflexo maior do sistema vigente em nosso país. "Vai fazer um ano que a Maria e o José Cláudio foram assassinados e nada o governo fez. Seguimos em luta porque queremos viver a vida na nossa floresta. Acreditamos que a vida sustentável é economicamente viável”, comenta Laísa Sampaio.

De 1985 a 2011 das 1.616 pessoas foram vítimas de assassinato no campo. Dos 1.220 casos apenas 92 foram julgados. Sendo 21 mandantes e 74 executores condenados e 7 mandantes e 51 executores absolvidos.

A publicação anual da CPT, que foi lançada nesta segunda feira no auditório Dom Helder Câmara, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, busca guardar a memória desse quadro indignante no cenário do campo brasileiro concentra dados sobre a violência contra trabalhadores e trabalhadores rurais, indígenas, extrativistas e populações tradicionais em todo o país.

O relatório não traz apenas novos números e sim “rostos, comunidades, pessoas, vidas ceifadas no cotidiano. O papel, as letras, as fotografias estão trazendo vidas” como retrata o secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner. Ele ainda reforça que “quando a CPT se preocupa em guardar num livro a memória, está ajudando o Brasil a não esquecer seu passado”.


Fonte: site MST - Iris Pacheco

A Record mergulha a Veja nas águas da cachoeira

Valeu, Record. Pela coragem, compromisso de informar e pelos dados apresentados à nação.

domingo, 6 de maio de 2012

Escola é lugar de estudantes, professores, gestores e de trabalhadores de apoio.

Lendo o jornal folha de quinta-feira 04, vi uma noticia que me chamou atenção. Pedi aos colegas (professores) que ouvisse a tal notícia. "O governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, vai colocar dois polícias em frente as escola estaduais". Como de praxe fizemos algumas discussões sobre a medida "educacional ." Ainda de acordo com a medida, os polícias militares iram trabalhar nos horários de folga ( o bico legalizado). 

Senhor governador tendo ou não polícias, situações de conflito vão sempre ocorrer e não vejo que essa medida vai evitá-las e resolvê-las. . Sempre defendi em sala de aula, que a escola é um lugar para se aprender sobre nossos direitos, responsabilidades, para reconhecer e repudiar a violência e desigualdades. 

Entendo que o dever do estado é manter uma escola com infra-estrutura, condições de trabalho, salários dignos e que apoie os docentes nos momentos difíceis que venham a ocorrer. Necessitamos é de policiamento nas ruas, nos arredores da escola e, se for preciso, é chamada para entrar e atuar em casos específicos de roubos, invasões, depredações, presença de armas. 

Tenho muita admiração pelas ideias transmitidas por Paulo Freire, e este poema diz tudo sobre o que é ser escola.

Escola é

... o lugar que se faz amigos.

Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é sobretudo, gente
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.

O Diretor é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.

Nada de ser como tijolo que forma a parede,Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!

Ora é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil!Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.


É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.
(Paulo Freire)

A Ditadura Ruralista



João Carlos Figueiredo

Poderíamos também chamá-la "A Ditadura dos Latifundiários"! O fato é que uma minoria que detém privilégios medievais e representa menos de 2% da população brasileira domina o Congresso Nacional, que deveria ser do POVO, caso vivêssemos, de fato, em uma DEMOCRACIA, e determina os destinos de nossa Nação. Isso, diante dos olhos de toda população brasileira, atônita, ignorante e apática! Isso, diante dos olhos do Poder Judiciário, omisso e inoperante, e que deveria ser o baluarte do Estado de Direito e da Democracia.

Falo, é óbvio, da fragorosa derrota da inteligência contra a burrice, da aprovação de um projeto indecente que permitirá a eliminação de 50% da Floresta Amazônica, esse arremedo de código florestal que só beneficia os poderosos, escondidos covardemente em sua máscara de defensores dos pequenos agricultores do Brasil. Falo dessa excrecência legal que anistiará todos os crimes cometidos contra nossa maior riqueza, o Meio Ambiente, que agora estará exposto e vulnerável a novas investidas da motosserra contra o que resta do Cerrado e da Amazônia. Já na expectativa desse assalto, os ruralistas aumentaram, só em Mato Grosso, em 96%, a devastação do pouco que resta naquele estado do Blairo Maggi...

Quem perde nesse "negócio entre iguais" (aqueles que se acham "mais iguais do que os outros") é a Nação Brasileira, é o Povo Brasileiro, são as gerações vindouras, que não terão direito aos recursos naturais que herdamos de nossos pais e que estamos usurpando de nossos filhos! Os estúpidos ruralistas não percebem que esse "tiro no pé" os atingirá também, e muito mais breve do que se imagina... as mudanças climáticas já são evidentes em todo o planeta, e serão aceleradas agora, no momento em que as mais importantes conquistas ambientalistas são jogadas na latrina da História do Brasil.

Justamente no momento em que o Mundo toma consciência do desastre ecológico que se avizinha, no ano em que se realizará no Brasil a "RIO+20 - Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável", o Brasil dá esse terrível passo em falso e entra na contramão da História, demonstrando que não somos dignos de nos considerarmos uma Nação Contemporânea, Moderna, comprometida com a preservação da vida no planeta. Demonstramos que somos ainda subdesenvolvidos intelectualmente e não somos dignos de compartilhar da Comunidade Internacional. Todos os esforços diplomáticos para nos alçar à categoria de Nação do Primeiro Mundo, de liderança desse processo único da História, foram definitivamente perdidos.

O mais irônico é que estamos destruindo nosso maior patrimônio: os recursos naturais! Pouquíssimas são as nações que podem se comparar ao Brasil em riquezas naturais: biodiversidade, geodiversidade, solos férteis, água em abundância... e estupidamente querem esses traidores da pátria acabar com tudo e nos transformar em uma imensa terra devastada pela SOJA, pelo GADO, pela CANA DE AÇÚCAR, pelas valas escavadas das montanhas, pelos rios poluídos e mortos, servindo a interesses inconfessáveis dos ruralistas, das mineradoras, das madeireiras e de toda corja de políticos corruptos, seus porta-vozes.

Pois essa ditadura é muito pior do que a DITADURA MILITAR que esfacelou com a sociedade brasileira nos anos 60 e 70 do século passado. Aquela era ideológica, nefasta como todas as ditaduras, mas passou; e o povo brasileiro se recompôs das tragédias, das perdas de vidas humanas. Esta, a Ditadura dos Ruralistas, demonstra que somos incapazes de preservar um estado de direito, de justiça social e de respeito ao cidadão e à Natureza, e seus efeitos serão sentidos para sempre, inexoráveis, irreversíveis...

Apesar de todas as manifestações de intelectuais, ambientalistas, cientistas e especialistas em meio ambiente, o Congresso demonstrou que não é digno do povo que o elegeu, e que o povo não é digno para escolher corretamente os seus representantes. Essa é a falência de nossa parva "democracia" e a ascensão definitiva da classe abastada e ignorante ao poder. Enquanto isso, os abestalhados magnatas do gado e da agroindústria estarão festejando essa Vitória de Pirro, acreditando que o tempo lhes será favorável para usufruir do que nos foi roubado, à luz do dia e dos holofotes da imprensa nanica que temos em nosso país. Nem mesmo os jornalistas são dignos de respeito, pela sua omissão e indiferença.

Que o futuro tenha pena de nós...