Total de visualizações de página

sábado, 29 de setembro de 2012

Russomanno e Serra: Duas vertentes da direita paulista igualmente prejudiciais à democracia, à inclusão e à cidadania

Marilena Chaui: Russomanno e Serra representam o populismo e a barbárie

Em debate sobre conservadorismo em São Paulo, filósofa também diz que a maneira como o STF julga o 'mensalão' coloca em questão a República.


Para Marilena Chaui, é preciso derrotar as forças que impedem o avanço da cidadania (Foto: Ivone Perez)


São Paulo – Os candidatos Celso Russomanno (PRB) e José Serra (PSDB) representam duas vertentes da direita paulista igualmente prejudiciais à democracia, à inclusão e à cidadania, segundo definiu a filósofa Marilena Chaui em debate realizado ontem (28) à noite para discutir "A Política Conservadora na Cidade de São Paulo”. O debate ocorreu no comitê da educadora Selma Rocha, candidata a vereadora pelo PT. Russomanno e Serra são os principais adversários do petista Fernando Haddad na disputa pela prefeitura.

Segundo Chaui, Russomanno simboliza “a forma mais deletéria do populismo, porque é o populismo de extrema direita” de uma cidade “conservadora, excludente e violenta”, enquanto Serra encarnaria “um dos elementos de selvageria e barbárie do estado e da cidade de São Paulo”. 

Ela define o candidato do PRB como herdeiro do populismo tradicional de São Paulo, na linhagem de Ademar de Barros e Jânio Quadros. O primeiro foi governador de 1947 a 1951 e de 1963 a 1966. O segundo, governador de 1955 a 1959 e prefeito da capital duas vezes (1953 a 1955 e 1986 a 1989), além de presidente da República por sete meses (de janeiro a agosto de 1961).

Por outro lado, diz Chaui, o candidato tucano representa o que ela chama de projeto hegemônico de PMDB e PSDB, há 30 anos dominando o estado. 

“Começou com Montoro, depois Quércia, Fleury, o Covas e o Alckmin. É muito tempo. É curioso que se trata de um partido que chama o PT de totalitário. Eles estão há 30 anos no poder. Se isso é totalitarismo, totalitários são eles”, diz a professora de Filosofia Política e História da Filosofia Moderna da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. 

Para ela, quem se compromete com a cidadania deve entender a gravidade do momento político: “Não podemos admitir nem a conservação no poder dos responsáveis pela barbárie, nem a retomada do processo característico também desta cidade protofascista, que é ter à sua frente figuras do populismo de extrema-direita. É nossa tarefa política, enquanto cidadãos, fazer com que cada um, ao nosso lado, compreenda isso”.

Marilena Chaui considera “uma tarefa libertária” a superação do entrave à cidadania representado pelas duas forças políticas que dominam uma “cidade na qual a violência, seja real, seja imaginada, é a forma da relação social e das relações entre as pessoas – para que a cidade se reconheça numa possibilidade nova”. 
CANDIDATOS "NOVOS"

Na sua fala, ela disse ser preciso desfazer a confusão provocada pela ideia de que Russomanno e Fernando Haddad (PT) são os dois candidatos novos na eleição paulistana. 

“Tenho insistido em mostrar que, em primeiro lugar, não se pode confundir um rosto que não está identificado ao universo da política com o novo. Mas em segundo lugar, é preciso localizar Russomanno nessa vertente antiga enraizada na cidade de São Paulo, que é a posição política conservadora, autoritária, do populismo de extrema direita”. 

Para Marilena, o ex-governador Paulo Maluf, cujo partido (PP) está aliado ao PT não eleições paulistanas, não se enquadra na tradição política representada por Russomanno, mas na do “grande administrador”, que ela identifica com Prestes Maia (prefeito de São Paulo de maio de 1938 a novembro de 1945) e Faria Lima (prefeito de 1965 a 1969). “Afinal, Maluf sempre se apresentou como um engenheiro.”

Para a filósofa, as forças políticas conservadoras transformaram São Paulo em uma cidade que “opera um processo contínuo de expulsão da classe trabalhadora, das classes populares, de qualquer centro no qual o poder público tenha feito intervenção de melhorias urbanas. Se tiver asfalto, luz, água, esgoto, semáforo, você pode contar que a exclusão já está a caminho. E no lugar dela [classe popular] você tem os espigões, essa verticalização absolutamente desgovernada. Nós estamos aqui para propor a ruptura com essas tradições, com essas políticas conservadoras, com o que está sedimentado e nos sufoca, dia a dia”. 

Sobre a realidade eleitoral caracterizada hoje pela fuga dos votos tradicionais do PT, das zonas leste e sul da capital, para Celso Russomanno, Marilena Chaui disse à RBA que acha “possível virar isso”. Para ela, é preciso “mostrar à periferia o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e todas as políticas sociais que não foram implantadas e que deixam a periferia ao deus-dará”. Em outras palavras, politizar a campanha de Fernando Haddad, o que “acontecerá no segundo turno”, acredita.
JULGAMENTO DO MENSALÃO “COLOCA EM QUESTÃO A REPÚBLICA”

No debate, Marilena Chaui falou também sobre o “mensalão”. “Não há dúvida de que ao lado de todas essas questões estruturais, históricas, há um dado de conjuntura que opera na rejeição popular (ao PT). Não na classe média, mas no nível popular, foi a grande operação em torno do ‘mensalão’ que produziu esse resultado [rejeição popular]”, acredita. 

Ela criticou o imprensa na cobertura do caso. “Se a gente pega a mídia brasileira, em particular a mídia paulista, houve dois grandes crimes contra a humanidade: Auschwitz e o ‘mensalão’”, afirmou, em referência ao campo de concentração localizado no sul da Polônia que foi um dos maiores símbolos do nazismo. Para ela, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) na atual conjuntura foi “uma armação para coincidir com as eleições”.

De acordo com ela, se a República é constituída de três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, a atuação do STF ultrapassou o limite: “o fato de que o poder Judiciário faça isso coloca em questão o que é a República. Alguém tem que erguer a voz e dizer que o Judiciário está fazendo com que a gente ponha em questão se este país é ou não uma República”.



Espaço - Guilherme Arantes


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Veja quem já meteu a mão na grana do brasileiro



Condenados pela Justiça, eles meteram a mão em pelo menos R$ 5,9 bilhões que poderiam ser revertidos aos brasileiros. A grana desviada por eles é equivalente a dez vezes o valor que o Ministério da Saúde vai investir em hospitais neste ano. O valor também daria para construir 25 pontes e é equivalente a quatro mil quilômetros de estradas recuperados. Nas imagens a seguir, relembre os truques dos “mestres do esquema”.


Guilherme Fontes: o ator e diretor não cumpriu os dois contratos de patrocínio assinados para seu projeto cinematográfico Chatô, o Rei do Brasil, e agora terá que devolver mais de R$ 2,5 milhões para as empresas Petrobras Distribuidora (R$ 1,1 milhão) e Petrobras S/A (R$ 1,5 milhão).
Guilherme não honrou os compromissos firmados e foi condenado pela 31ª Vara Cível do estado do Rio de Janeiro a devolver o dinheiro, que veio de recursos públicos. Em cima dos valores, há correção monetária e juros, mas ainda cabe recurso. A decisão saiu nesta semana.


Eliana Tranchesi: ela ficou nacionalmente conhecida como uma das empresárias brasileiras mais bem sucedidas do ramo da moda, especializada em grifes internacionais. Mas em 2005, a operação Narciso, da Polícia Federal, apontou sonegação fiscal nas importações da Daslu. Foi descoberta uma dívida estimada com o Fisco de R$ 500 milhões, fruto de impostos sonegados. Foi condenada a 53 anos de cadeia, foi liberada e morreu de câncer em fevereiro deste ano.


Edemar Cid Ferreira: o ex-banqueiro foi preso em 2006 como medida preventiva. Ele e mais outros 18 ex-dirigentes do Banco Santos foram denunciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e gestão fraudulenta. O rombo foi estimado em R$ 2,9 bilhões. Edemar foi condenado a 21 anos de cadeia, mas está solto.


Nicolau dos Santos Neto: ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, foi pivô de um dos casos mais escandalosos de desvio de dinheiro público na década de 90. Foram 203 milhões desviados da construção do Fórum Trabalhista da Barra Funda, em São Paulo, que a Justiça condenou a devolver cada centavo. Este mês, a Suíça vai devolver ao Brasil parte do dinheiro desviado pelo juiz.


Daniel Dantas: é um dos banqueiros que mais têm o nome envolvido em operações suspeitas na história do Brasil, dentre elas, a mais famosa gira em torno de um suposto financiamento do "valerioduto", a espinha dorsal do mensalão — conjunto de contas bancárias pertencentes ao empresário Marcos Valério para as quais se desviava dinheiro público, depois usado para pagar parlamentares em troca de apoio político ao governo.
Dantas teve cerca de R$ 90 milhões bloqueados em contas do Reino Unido e foi condenado por corrupção na tentativa de suborno de US$ 1 milhão para que um investigador desistisse das acusações contra ele em 2008. Nem a polícia brasileira e nem mesmo o FBI conseguem decifrar os códigos de segurança dos computadores do banqueiro para calcular os prejuízos possíveis de suas operações.


Salvatore Cacciola: dono do antigo Banco Marka, o italiano esteve no epicentro de um dos maiores escândalos financeiros da história do País. Em 1999, o Brasil sofria com a desvalorização do real provocada por uma forte especulação que teve início em 1997, com a crise dos países do Sudeste Asiático cujas moedas eram atreladas ao dólar. 
O banco de Cacciola foi socorrido estranhamente pelo BC (Banco Central), cujo presidente, Francisco Lopes, acabou condenado por peculato (quando o funcionário público aufere vantagens pessoais usando seu cargo). A operação provocou prejuízo estimado em R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos e arruinou os 1.300 investidores em fundos do Banco Marka. Foi condenado a 13 anos de cadeia, mas sua pena foi extinta neste ano.


Jorgina de Freitas: ex-advogada brasileira era procuradora previdenciária quando ficou famosa pela maior fraude já ocorrida no Brasil contra os aposentados. Na década de 1980, Jorgina Maria de Freitas Fernandes, chefiou uma quadrilha formada de 25 nomes envolvidos, incluindo juízes, advogados, procuradores, contadores e peritos. Foram R$ 500 milhões de prejuízo. O que ela fez com a grana? Comprou 60 imóveis, sendo um ou outro em Búzios, um casarão histórico e até a casa do ex-presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1950). Anos depois, a Justiça leiloou tudo. Em 1997, foi presa na Costa Rica. Em 12 de Junho de 2010, Jorgina foi solta depois de 14 anos.


Sérgio Naya: empresário e ex-deputado federal, ficou conhecido com o desabamento do edifício Palace 2, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 1998, que desabrigou 150 famílias. O prédio caiu porque a construtora escolheu materiais mais baratos e embolsou a diferença. Foi condenado a pagar indenizações entre R$ 200 mil e R$ 1,5 milhão. Naya foi encontrado morto em um hotel em Ilhéus, na Bahia, em fevereiro de 2009.


Ricardo Mansur: na década de 1990, quando assumiu o controle de redes de lojas Mesbla e Mappin, pegou empréstimo no Bradesco, não pagou e as lojas fecharam. Mais de dez anos depois da quebra do antigo Mappin, em 2011, o empresário foi condenado a 11 anos e meio de prisão por gestão fraudulenta no MPP (Mappin Previdência Privada) e no Banco Crefisul. No processo, há vários saques injustificados, entre eles, um no valor de R$ 2 milhões do fundo de pensão dos funcionários do Mappin, em janeiro de 1999.
Mansur voltou ao mundo dos negócios em 2010, com a compra de uma participação acionária na Usina e Destilaria Galo Bravo, em Ribeirão Preto, além da Faculdade Batista de Vitória (Fabavi), no Espírito Santo. No caso da faculdade, o negócio teria sido desfeito pela falta de pagamentos das prestações. Por responder na Justiça por crimes, Mansur não poderia ser dono de nenhuma empresa.


Assalto ao Banco Central: em agosto de 2005, acontecia o maior assalto da história do Brasil, quando 36 ladrões levaram cerca de R$ 164 milhões dos cofres do BC (Banco Central) em Fortaleza, no Ceará. Ao todo, cerca de R$ 20 milhões foram recuperados e outros R$ 30 milhões foram retomados através de apreensões de bens dos presos, como carros de luxo e imóveis. O Brasil pagou o restante da conta. Acima, foto da sede do Banco Central, em Brasília.


No:http://saraiva13.blogspot.com.br

Marilena Chauí: Russomano é o populismo de extrema direita


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Que se faça a justiça e não a vontade da fracassada mídia golpista! Intelectuais e artistas se unem contra a transformação do julgamento do "mensalão" em linchamento e espetáculo midiático



CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO

Desde o dia 02 de agosto o Supremo Tribunal Federal julga a ação penal 470, também conhecida como processo do mensalão. Parte da cobertura na mídia e até mesmo reações públicas que atribuem aos ministros o papel de heróis nos causam preocupação.
Somos contra a transformação do julgamento em espetáculo, sob o risco de se exigir – e alcançar – condenações por uma falsa e forçada exemplaridade. Repudiamos o linchamento público e defendemos a presunção da inocência.
A defesa da legalidade é primordial. Nós, abaixo assinados, confiamos que os Senhores Ministros, membros do Supremo Tribunal Federal, saberão conduzir esse julgamento até o fim sob o crivo do contraditório e à luz suprema da Constituição.

Fernando Morais, jornalista e escritor
Hildegard Angel, jornalista
Luiz Carlos Barreto, produtor cinematográfico
Olgária Matos, filósofa, professora universitária Unifesp
Abelardo Blanco, cientista politico, publicitário
Adilson Monteiro Alves, sociólogo
Adriano Pilatti, professor de direito PUC/RJ
Afonso Celso Lana Leite, professor universitário UFU
Alceu Valença, músico
Alcides Nogueira, escritor
Aldimar Assis, advogado
Altamiro Borges, jornalista
Amélia Cohn, socióloga, professora Faculdade de Medicina USP
Ana Carolina Lopes, fotógrafa
Ana Corbisier, pesquisadora
Ana Fonseca, economista, professora universitária
Ana Helena Tavares, jornalista
Ana Maria dos Santos, advogada
Ana Maria Freire, escritora
André Borges, escritor e poeta
André Klotzel, cineasta
André Medalha e Almada, designer
André Tokarski, presidente da UJS – União da Juventude Socialista
Antonio Abujamra, ator
Antonio Carlos Fon, jornalista
Antonio Celso Ferreira, historiador, professor Unesp/Assis
Antonio Gilson Brigagão, jornalista e diretor teatral
Antonio Grassi, ator
Antonio Ibañez Ruiz, educador, professor universitário UNB
Antonio Pitanga, ator
Armando Freitas Filho, poeta
Arnaldo Carrilho, servidor público aposentado
Artur Henrique, sindicalista, secretário relações internacionais da CUT para as Américas
Artur Scavone, jornalista
Aton Fon Filho, advogado
Beatriz Cintra Labaki, socióloga
Beilton Freire da Rocha, médico
Benedito Prezia , antropólogo e escritor
Bernadette Figueiredo, professora
Betinho Duarte, administrador de empresa
Bruno Barreto, cineasta
Carlos Azevedo, jornalista
Carlos Duarte, advogado
Carlos Eduardo Niemeyer – Fotógrafo
Carlos Enrique Ruiz Ferreira, professor, coordenador assuntos institucionais e internacionais da UEPB
Carlos Roberto Pittoli, advogado
Carlos Walter Porto-Gonçalves, geógrafo, professor universitario UFF
Carlota Boto, pedagoga e professora da FEUSP
Carolina Abreu
Ceci Juruá, economista
Cecilia Boal, psicanalista
Célio Turino, historiador, gestor cultural
Celso Frateschi, ator
Celso Horta, jornalista
Cenise Monte Vicente, psicóloga, ex-diretora do UNICEF/SP
Christina Iuppen, professora
Clara Charf, militante feminista
Claudio Adão, jogador de futebol
Claudio Kahns, cineasta
Cloves dos Santos Araújo, advogado, professor universitário UNEB
Consuelo de Castro, dramaturga
Cristiane Souza de Oliveira
Daniel Tendler, cineasta
David Farias, artista plástico, escultor e pintor
Dayse Souza, psicóloga
Débora Duboc, atriz
Derlei Catarina de Lucca, professora
Domingos Fernandes, jornalista
Drauzio Gonzaga, professor universitário UFRJ
Dulce Maia de Souza, ambientalista
Dulce Pandolfi, historiadora, pesquisadora CPDOC/FGV
Edmilson José Valentim dos Santos, engenheiro
Eduardo Ebendinger, ator
Edvaldo Antonio de Almeida, jornalista
Eide Barbosa, gestora de pessoas
Eleonora Rosset, psicanalista
Emiliano José, jornalista e escritor
Emir Sader, sociólogo, professor universitário UERJ
Eneida Cintra Labaki, historiadora
Ercílio Tranjan, publicitário
Eric Nepomuceno, jornalista e escritor
Ernesto Tzirulnik, advogado
Erotildes Medeiros, jornalista
Eugenio Staub, empresário
Fabio Dutra, estudante de direito USP
Fabio Roberto Gaspar, advogado
Felipe Lindoso, produtor cultural
Fernando Nogueira da Costa, economista, professor universitário Unicamp
Fernando Sá, cientista político
Fernando Soares Campos, servidor público
Fidel Samora B.P. Diniz, músico
Flora Gil, produtora cultural
Francis Bogossian, engenheiro, Academia Nacional de Educação e Academia Nacional de Engenharia
Gabriel Cohn, sociólogo, professor USP
Gabriel Landi Fazzio, estudante de direito USP
Gabriel Pereira Mendes Azevedo Borges, estudante de direito USP
Gabriel Priolli, jornalista
Gabriela Shizue S. de Araujo, advogada
Galeano Bertoncini, cirugião dentista
Gaudêncio Frigoto, educador, professor universitário UERJ
Gegê, vice-presidente nacional da CMP – Central de Movimentos Populares
Giane Alvares Ambrósio Alvares, advogada
Gilson Caroni, sociólogo, professor universitário Faculdades Integradas Hélio Alonso/RJ
Gisela Gorovitz, empresária e advogada
Glaucia Camargos, produtora de cinema
Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista, professor da FSP/USP
Guilherme Silva Rossi, estudante de direito USP
Heloísa Fernandes, socióloga, professora USP e ENFF
Hugo Carvana, ator e cineasta
Humberto de Carvalho Motta, estudante universitário
Ícaro C. Martins, cineasta
Idacil Amarilho, administrador
Iná Camargo, professora universitária USP
Iolanda Toshie Ide, professora universitária aposentada Unesp/Marília
Isa Grispun Ferraz, cineasta
Ivan Seixas, presidente do Condepe – Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana
Ivo Rosset, empresário
Ivone Macedo Arantes, arquiteta
Ivy Farias, jornalista
Izabel de Sena, professora universitária, Sarah Lawrence College, NY
Izaias Almada, escritor
Jacy Afonso de Melo, secretário de organização da CUT Nacional
Jane Argollo, coordenadora de Ponto de Cultura
Jessie Jane Vieira, historiadora, professora da UFRJ
Jesus Chediak, jornalista
João Antonio de Moraes, sindicalista, coordenador geral da FUP – Federação Única dos Petroleiros
João Antonio Felício, sindicalista, secretário de relações internacinais da CUT
João Carlos Martins, pianista e maestro
João Feres, cientista político
João Jorge Rodrigues dos Santos, advogado e presidente do Grupo Olodum
João Lopes de Melo
João Paulo Possa Terra, estudante de direito USP
João Pedro Stédile, presidente nacional do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
João Quartim de Morais, cientista político, professor universitário Unicamp
Jorge Ferreira, empresário
Jorge Mautner, cantor e escritor
José Antonio Fernando Ferrari, antiquário
José Arrabal, professor, jornalista e escritor
José Carlos Asbeg, cineasta
José Carlos Henrique, arquiteto
José Carlos Tórtima, advogado
José Fernando Pinto da Costa, presidente do grupo educacional Uniesp
José Ibrahim, líder sindical
José Luiz Del Roio, escritor
José Marcelo, pastor batista
Josefhina Bacariça, educadora popular em Direitos Humanos
Julia Barreto, produtora cinematográfica
Julio Cesar Senra Barros, interlocutor social
Jun Nakabayashi, cientista político
Juvandia Moreira, sindicalista, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
Ladislau Dowbor, economista, professor universitário PUC/SP
Laio Correia Morais, estudante de direito USP
Laurindo Leal Filho, jornalista e sociólogo, professor universitário USP
Lauro Cesar Muniz, dramaturgo
Levi Bucalem Ferrari, escritor e professor de ciências políticas
Lia Ribeiro, jornalista
Lincoln Secco, historiador, professor universitário USP
Lorena Moroni Girão Barroso, servidora pública federal
Lucas Yanagizawa Paes de Almeida Nogueira Pinto, estudante de psicologia
Lucy Barreto, produtora cinematográfica
Luiz Carlos Bresser Pereira, economista, professor FGV
Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior, memorialista
Luiz Fenelon P. Barbosa, economista
Luiz Fernando Lobo, artista
Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, professor universitário Unicamp
Luiz Pinguelli Rosa, professor da UFRJ
Maia Aguilera Franklin de Matos, estudante de direito USP
Maira Machado Frota Pinheiro, estudante de direito/USP
Malu Alves Ferreira, jornalista
Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, publicitário
Marcelo Carvalho Ferraz, arquiteto
Marcelo Santiago, cineasta
Marcílio de Freitas, professor da UFAM
Márcio Souza, escritor
Marcionila Fernandes, professora, pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da UEPB
Marco Albertim, jornalista
Marco Antonio Marques da Silva, desembargador
Marco Aurélio Belém Purini, estudante de direito USP
Marco Aurélio de Carvalho, advogado
Marco Piva, jornalista e empresário da área de comunicações
Marcos José de Oliveira Lima Filho, doutorando em Direito da UFPB
Marcus Robson Nascimento Costa
Maria Carmelita A. C. de Gusmão, professora
Maria das Dores Nascimento, advogada
Maria do Socorro Diogenes, professora
Maria Guadalupe Garcia, socióloga
Maria Izabel Calil Stamato, psicóloga, Universidade Católica de Santos
Maria José Silveira, escritora
Maria Luiza de Carvalho, aposentada
Maria Luiza Quaresma Tonelli, professora e advogada
Maria Victoria Benevides, socióloga, professora universitária USP
Mariano de Siqueira Neto, desembargador aposentado
Marilene Correa da Silva Freitas, professora da UFAM
Marília Cintra Labaki, secretária
Marília Guimarães, escritora, Comitê Internacional de intelectuais e artistas em defesa da humanidade
Mário Cordeiro de Carvalho Junior, professor da FAF/UERJ
Marlene Alves, professora, reitora da UEPB
Marly Zavar, coreógrafa
Marta Nehring, cineasta
Marta Rubia de Rezende, economista
Martha Alencar, cineasta
Maryse Farhi, economista, professora universitária
Matheus Toledo Ribas, estudante de direito USP
Michel Chebel Labaki Jr.
Michel Haradom, empresário, presidente da FERSOL
Mirian Duailibe, empresária e educadora
Ney de Mello Almada, desembargador aposentado
Nilson Rodrigues, produtor cultural
Noeli Tejera Lisbôa, jornalista
Oscar Niemeyer, arquiteto
Otavio Augusto Oliveira de Moraes, estudante de economia PUC/SP
Otávio Facuri Sanches de Paiva, estudante de direito USP
Pablo Gentili, educador, professor universitário UERJ, FLACSO
Paula Barreto, produtora cinematográfica
Paulo Baccarin, procurador da Câmara Municipal de São Paulo
Paulo Betti, ator
Paulo Roberto Feldmann, professor universitário, USP, presidente da Sabra Consultores
Paulo Thiago, cineasta
Pedro Gabriel Lopes, estudante de direito USP
Pedro Igor Mantoan, estudante de direito USP
Pedro Rogério Moreira, jornalista
Pedro Viana Martinez, estudante de direito USP
Raul de Carvalho, pesquisador
Regina Novaes, socióloga/RJ
Regina Orsi, historiadora
Renato Afonso Gonçalves, advogado
Renato Tapajós, cineasta
René Louis de Carvalho, professor universitário UFRJ
Ricardo Gebrim, advogado
Ricardo Kotscho, jornalista
Ricardo Miranda, cineasta
Ricardo Musse, filósofo, professor USP
Ricardo Vilas, músico
Ricardo Zarattini Filho, engenheiro
Risomar Fassanaro, poetisa e jornalista
Roberto Gervitz, cineasta
Rodrigo Frateschi, advogado
Ronaldo Cramer, professor de direito PUC/RJ
Rose Nogueira, jornalista
Rubens Leão Rego, professor Unicamp
Sandra Magalhães, produtora cultural
Sebastião Velasco e Cruz, cientista político, professor universitário Unicamp
Sérgio Ferreira, médico
Sergio Amadeu da Silveira, sociólogo e professor da UFABC
Sergio Caldieri, jornalista
Sérgio Mamberti, ator
Sergio Mileto, empresário, presidente da Alampyme – Associação Latino Americana de Pequenos Empresários
Sérgio Muniz, cineasta
Sérgio Nobre, sindicalista, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Sérgio Ricardo, cantor
Sérgio Vampre, advogado
Silvio Da Rin, cineasta
Tatiana Tiemi Akashi, estudante de direito USP
Teresinha Reis Pinto, biomédica e pedagoga Consultora UNESCO
Tereza Trautman, cineasta
Theotônio dos Santos, economista
Tizuka Yamasaki, cineasta
Tullo Vigevani, professor Unesp/Marília
Urariano Mota, escritor e jornalista
Vagner Freitas de Moraes, sindicalista, presidente nacional da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Valter Uzzo, advogado
Venicio Artur de Lima, jornalista e sociólogo
Vera Lúca Niemeyer
Vera Maria Chalmers, professora universitária Unicamp
Verônica Toste, professora universitária IESP/UERJ
Vitor Fernando Campos Leite, estudante de direito USP
Vitor Quarenta, estudante de direito Unesp/Franca
Vladimir Sacchetta, jornalista e produtor cultural
Wadih Damous, advogado/RJ
Walnice Nogueira Galvão, professora de literatura comparada USP
Walquikia Leão Rego, professora Unicamp
Zé de Abreu, ator


domingo, 23 de setembro de 2012

Brevemente poderemos ver médicos negros e indígenas pobres

Frei Davi dos Santos: Chegou a vez dos pobres em Medicina?

Rio - As universidades federais no Rio disponibilizam, por ano, 550 vagas para Medicina. Com a implementação regulamentada das cotas, a metade (275) será destinada a alunos da rede pública, negros e indígenas. É o fim do monopólio do sistema de ‘meritocracia injusta’ que restringia as turmas de biomédicas a eurodescendentes de classe média, que tinham dinheiro para fazer cursinhos caros e ocupavam nove em cada dez cadeiras. Com as cotas, é um novo Brasil, que torna mais igualitárias as oportunidades para todas as etnias.

Das quase 200 instituições públicas que já adotaram um sistema de inclusão (antes da aprovação da lei), mais de 30 já fecharam pesquisas avaliando o desempenho acadêmico. Para nossa alegria, os cotistas estão atingindo médias acadêmicas iguais ou superiores às da classe média, que entrou sem o apoio das cotas.

Brevemente poderemos ver médicos negros, indígenas e brancos pobres disponíveis para atender seus irmãos de periferia. O próprio Conselho Federal de Medicina diz que o problema não está na falta de médicos, e, sim, na concentração, distribuição ou omissão dos profissionais da classe média alta, que não querem trabalhar nas periferias ou no interior do Brasil, onde o povo está abandonado. A nação dá a eles o curso de graça, e não querem atender os pobres da nação... absurdo!

Fazemos um apelo a diretores, professores e funcionários da rede pública: sem medo, motivem seus alunos a fazer as faculdades de seus sonhos! Eles precisam acreditar que agora é possível! Selecionem interessados em prestar vestibulares para as universidades públicas e ofereçam aulas de reforço à noite ou aos sábados! Não tem professores entusiasmados? Chamem pré-vestibulares comunitários para realizar voluntariamente este serviço social! Suas escolas poderão estar entre as que mais aprovaram! Que coroamento para este rico trabalho! Os pobres merecem suas atenções e carinho! Nós, que pagamos os seus salários, muito agradecemos!


Coordenador da Educafro

Espaço - Gaby Amarantos

É Techno Brega com roupagem roqueira


sábado, 22 de setembro de 2012

Espaço - Carlos Marighella

Carlos Marighella (1911-1969) foi o inimigo número um da ditadura militar brasileira.


Carlos Marighella militante de esquerda e comandante da ANL(Ação Libertadora Nacional), que lutou pela democracia e liberdade, em prol das pessoas oprimidas pela ditadura militar no Brasil. 

A memória do político, poeta e guerrilheiro baiano vem aos poucos sendo resgatada. Ele foi retratado em filme dirigido por sua sobrinha, Isa Grinspun Ferraz, e os Racionais MCs gravaram clipe do rap que compuseram em sua homenagem.

A Companhia da Letras prepara o lançamento da biografia Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo. De autoria do jornalista Mário Magalhães, a biografia demandou nove anos de pesquisa. O livro tem lançamento previsto para outubro.

A narrativa biográfica reconstitui as passagens de Marighella pela prisão, a resistência à tortura, as ações da guerrilha e os assaltos a bancos e carros-fortes, mas também a face lírica do poeta e do intelectual, autor do Mini manual do guerrilheiro urbano, um clássico da literatura de combate político.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

“Oposição quer fazer com Lula o que fez com Getúlio e Jango”, diz ex-ministro da Defesa Waldir Pires

Nesta quinta-feira, 20, seis partidos de sustentação do governo Dilma (PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B e PRB), em nota pública, acusaram a oposição de estar "disposta a qualquer aventura" e a "práticas golpistas". Segundo a nota, "em defesa da honra e dignidade" do ex-presidente Lula, assinada pelos presidentes dos seis partidos, "assim foi em 1954, quando inventaram um 'mar de lama' para afastar Getúlio Vargas" e "assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a uma ditadura de 21 anos". Para uma reflexão sobre o momento, e o passado,Terra Magazine foi ouvir alguém com idade, história e autoridade para tanto.

Entre os dias 31 de Março e 1 de Abril de 1964, um golpe militar derrubou o governo João Goulart, o Jango. Dois funcionários foram os últimos a deixar o Palácio do Planalto depois do golpe. Um deles, o chefe da Casa Civil, Darcy Ribeiro. O outro, o Consultor-Geral da República, Waldir Pires. Ex-secretário de Estado, deputado estadual e federal, governador e senador, criador da Controladoria-Geral da União e ex-ministro da Defesa no governo Lula, Waldir Pires, aos 85 anos, é candidato a vereador pelo PT em Salvador. Na conversa que se segue, Waldir Pires discorre sobre o que já viveu e as relações ou semelhanças com o momento. Em um trecho da conversa, o ex- ministro da Defesa diz:

- Vamos ser claros: a oposição quer fazer com Lula o mesmo que fez com Getúlio Vargas e com Jango…até as expressões que usam são as mesmas, "mar de lama" é uma delas…

Em outro momento, avança:

- Eu já vi e vivi esse filme antes, e há amarras extraordinariamente suspeitas em tudo isso… o cheiro é o mesmo…

Abaixo, a entrevista.

Terra Magazine: Onde o senhor estava no dia do golpe que levou à ditadura em 1964?

Waldir Pires: Em Brasília, no Palácio do Planalto. Eu era o Consultor Geral da República… eu e o Darcy Ribeiro, Chefe da Casa Civil, fomos os últimos a deixar o Palácio quando derrubaram o presidente João Goulart, o Jango..

Seis partidos, PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B e PRB, todos de sustentação ao governo Dilma, assinaram e lançaram uma nota pública. Nesta nota, acusam os partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS, de estarem "dispostos a qualquer aventura" e de "não hesitarem em práticas golpistas". O documento é apresentado em defesa "da honra e dignidade" do ex-presidente Lula…

…sim, eu tomei conhecimento da nota…

Como o senhor, aos 85 anos, tendo vivido o que já viveu e viu, vê esse momento?

Me parece evidente que a oposição, ao menos setores da oposição, estão agindo em relação ao ex-presidente Lula como um dia agiram em relação a Getúlio Vargas e João Goulart…

O senhor diria que já viu esse filme antes ou isso é um exagero dessa nota dos seis partidos?

Eu já vi e vivi esse filme antes, e há amarras extraordinariamente suspeitas em tudo isso…o cheiro é o mesmo…

Em que termos o senhor faz essa comparação?

Vamos ser claros: a oposição quer fazer com Lula o mesmo que fez com Getúlio Vargas e com Jango…até as expressões que usam são as mesmas, "mar de lama" é uma delas…

Mas não existiriam outros fatores objetivos no discurso da oposição? Assim como existem fatos que são objetos das críticas e denúncias e até do julgamento no Supremo…

Existem razões e fatos, mas o Brasil tem instituições funcionando e que são capazes de examinar os fatos sem que seja preciso pressão e a criação de um ambiente artificial. E diga-se que instituições fortalecidas exatamente durante os dois mandatos do governo Lula. Eu mesmo fui ministro-chefe da Controladoria-Geral da União que não existia até Lula. O governo Fernando Henrique tinha uma Corregedoria…

E qual a diferença?

A Controladoria fiscaliza e dá absoluta transparência a todos os gastos federais, está tudo na internet, cada centavo dos bilhões gastos pelo governo federal está no site. E mais. Tudo isso numa ação coordenada com o Ministério Público, no plano federal e nos Estados, com o Coaf, a Receita Federal, Polícia Federal…ora, quando falam no resultado disso, do aprofundamento das investigações nos casos de corrupção, como esquecem de dizer que isso, que essa coordenação de esforços, é obra exatamente dos governos de Lula e agora de Dilma?

Mas…

…a montagem dessa teia de acessos às informações e absoluta transparência, que leva a sociedade a ter acesso às informações, é obra de Lula, do governo Lula. Como é possível ignorar isso, esconder essa informação enquanto, ao mesmo tempo, se valem das informações que esse sistema coordenado de fiscalização e transparência permite obter?

Isso foi decisão pessoal dele ou foi acontecendo?

Decisão pessoal dele. Quando o presidente me convidou para o Ministério da Defesa me preocupei se poderia haver alguma modificação na atuação da Controladoria…o presidente Lula não apenas me garantiu que não como manteve minha equipe, e Jorge Hage está até hoje à frente da equipe com resultados e um trabalho que não apenas o Brasil reconhece. A ONU, a OEA e outros organismos internacionais já reconheceram e deram destaque a esse trabalho modernizador no setor de controle e transparência de informações…

Voltemos ao momento…

Vejo esse momento com preocupação, com inquietação. É um erro, e mais do que isso, não condiz com a verdade esse ambiente de que vivemos num "mar de lama", que há "corrupção generalizada" desde o governo Lula…

Por que um erro?

Porque nossas instituições democráticas ainda são frágeis…porque isso não é verdade…a transparência, o acesso às informações, a atuação do Ministério Público, da Polícia Federal, a atuação conjunta nos últimos anos e os resultados disso mostram que esse ambiente desejado por certos setores é irreal, não é verdadeiro…o que há é que agora, depois de séculos, as informações, pela primeira vez na história, vêm a público…

O que lhe preocupa?

Me preocupa… há uma tendência nos últimos anos…os setores conservadores, ao invés de articularem golpes militares, agora dão golpes parlamentares… como se viu em Honduras, como se viu há pouco no Paraguai, e isso é precedido pela fomentação de um ambiente adequado para esses golpes parlamentares…

O que o senhor, objetivamente, detecta nessa "ambientação"…

A generalização, o procurar atingir os adversários a esse nível que estão fazendo e como estão fazendo ao invés do enfrentamento político democrático, enfrentamento com críticas duras, críticas e denúncias severas e tudo o mais, mas não com a criação de um ambiente artificial, e ainda mais quando isso parte dos setores de onde isso tem partido…

Ou seja…

Setores com figuras, instituições que construíram fortunas incalculáveis, que estão aí, e sem que nada ou quase nada fosse dito ou apurado… alguns desses personagens até já se foram e deixaram fortunas, até porque não existiam os mecanismos de fiscalização e transparência de agora, mas outros, bem mais recentes, estão por aí…como é possível querer que se acredite que a "corrupção nasceu ou cresceu" nos últimos anos, se foi exatamente nos governos de Lula e Dilma que iniciou o combate verdadeiro e eficaz, combate articulado e com o resultados que se conhece…isso é irreal e é uma farsa…

Por que irreal e…

É irreal fazer de conta que a corrupção é algo apenas "atual", é irreal fazer de conta que não se conhece os fatos conhecidos, do passado distante e também do passado recente… é uma farsa desconhecer a história do mundo e do Brasil, e desconhecer o combate que vem sendo travado exatamente desde a consolidação de todos esses mecanismos de controle e transparência… A corrupção existe, ninguém está negando isso, mas existem mecanismos de controle e eles estão funcionando…

O senhor sabe que tentarão desqualificar, rotular suas observações…

Certamente, isso é parte desse processo todo…

Que papel a mídia tem e deveria ter diante disso? Como o senhor percebe a atuação da mídia?

O papel é o de dizer como as coisas realmente são e foram, dizer quais são os fatos verdadeiros…e por isso vejo com preocupação a atuação de certos setores…

Que setores?

Os setores conservadores. Há certas coisas muito parecidas, inclusive a expressão "mar de lama", com a coisa terrível que a oposição fez com Getúlio… tentam fazer o que fizeram com Getúlio e depois com João Goulart, e tudo isso para impedir os avanços, querem, com Lula ou sem Lula, interromper os avanços do processo democrático, e o verdadeiro avanço se deu com a inclusão social. Esse é o avanço. Democracia é também, mas não apenas, o compromisso de liberdades formais. Democracia é, foi a inclusão social de 40 milhões de brasileiros que acontece desde Lula, e esse é o grande incômodo dos setores conservadores. Se a oposição quer vencer, que tenha um ideário e busque votos.

Quanto à imprensa, à mídia, o senhor pode ser mais específico quanto ao que pensa?

Eu era ministro da Defesa no governo Lula e fui a um programa de televisão para ser entrevistado. Por três ou quatro vezes o apresentador, que me recebeu de maneira muito gentil, repetiu "mas que vergonha o mensalão, hein?", "mas que surpresa um mensalão". Na quarta vez, respondi: "Mas como surpresa com um mensalão? Você não se lembra do 'mensalão' do IBAD, aquele que terminou em CPI em 1962?". Aquilo era uma trama, uma articulação e preparação para um golpe de estado (NR: Instituto Brasileiro de Ação Democrática. Financiado por setores do empresariado e pela agência norte-americana CIA, o IBAD teve como objetivo financiar a eleição de opositores ao governo João Goulart e também setores da mídia. Por decisão judicial, o IBAD foi fechado em 1963). Se querem usar a expressão "mensalão", como ignorar tantos mensalões da história do Brasil, inclusive os bem mais recentes? Se falam em "mensalão", como se esquecem que isso de agora veio de Minas Gerais, e do PSDB?

O senhor já foi secretário estadual, deputado estadual e federal, consultor-geral da República, ministro, governador, o ministro que criou a Controladoria-Geral da União, foi exilado por seis anos e agora é candidato a vereador pelo PT em Salvador, aos 85 anos. Por quê?

Por dever de gratidão. Dever de consciência, por ver minha cidade maltratada, a administração pública indiferente e sem nenhum projeto consistente para seu desenvolvimento, submetida a um processo de corrosão moral que a todos causa indignação. Porque não há como olhar para o espelho e admitir para si mesmo não participar das grandes preocupações. As capitais, a nossa capital, são ou deveriam ser um núcleo de organização da vida, de inclusão social… Salvador foi a cidade onde conheci o mar. Isso já é muito…


No :http://terramagazine.terra.com.br

Espaço - Raul Seixas



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Serra Talhada é destino obrigatório para quem quer conhecer história do cangaço

De todas as cidades do sertão pernambucano, a de história mais interessante - quase com certeza - é a de Serra Talhada. A notabilidade do município deve-se exclusivamente a um movimento - e a uma figura: o cangaço e Lampião. Foi naquele pedaço de terra que Virgolino Ferreira da Silva, personagem mais ambíguo da história nordestina, nasceu, viveu e fez história. Para o bem ou para o mal, Lampião foi conhecido. O maior cangaceiro da história foi herói, vilão - ou nenhum dos dois. Certo é que a ele não se fica indiferente.




"Lampião foi herói, mas também foi bandido. É preciso entender ele com essas duas visões. É um dos homens mais importantes da região nordestina", diz Edilson Leite, guia turístico.


É exatamente este o mote do museu do cangaço, de onde Edilson é guia, de Serra Talhada: "Lampião, nem herói, nem vilão". De acordo com ele, são cerca de 20 visitantes diários ali. "Vem muita gente aqui, na última semana, recebemos um casal de italianos e dois russos", afirma Leite, que acredita que deve expandir ainda mais a visibilidade do cangaço nos próximos anos, com a realização da Copa da Mundo e das Olimpíadas no Brasil.



O passeio turístico pela cidade inclui, além do museu, onde estão artigos raros da história do movimento, também uma ida ao sítio onde Virgolino nasceu. Hoje, a casa é - também um museu - mantido pelo grupo Cabras de Lampião. Serra Talhada também é conhecida por ser a capital brasileira do xaxado.

Partidos aliados condenam golpismo da oposição brasileira

Em nota divulgada nesta quinta-feira (20) os dirigentes nacionais do PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB condenaram a ação golpista e caluniosa dos presidentes do PSDB, DEM e PPS que se valeram de uma fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja para tentar comprometer a honra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O documento explica que a atitude é mais uma tentativa da oposição de fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa. “O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro”.

O texto afirma que o objetivo da oposição é apenas confundir a opinião pública, fazendo uso da ação penal 470 como um julgamento político, “para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula”.

Leia abaixo a íntegra do documento:

À sociedade brasileira

O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação. 

As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.

O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados. 

Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos.

Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do país, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula.

A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo. 


Rui Falcão, PT 

Eduardo Campos, PSB 

Valdir Raupp, PMDB 

Renato Rabelo, PCdoB 

Carlos Lupi, PDT 

Marcos Pereira, PRB.




Brasília, 20 de setembro de 2012.


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Documentário "Dominguinhos Canta e Conta Gonzaga" estreia ainda esse ano

No ano do centenário do rei do baião, agora é a vez de um dos grandes discípulos de Luiz Gonzaga prestar sua homenagem ao mestre. Dominguinhos é o personagem principal do documentário "Dominguinhos Canta e Conta Gonzaga", que está sendo rodado. Começou em Pernambuco, cruzou as estradas do Brasil, até chegar aqui em São Paulo.

No filme, Dominguinhos também a sua própria história. “Assim meio, um por dentro do outro. Porque a história nos leva a isso. Aí estou sempre contando as coisas dele, Luiz Gonzaga e de tabela as minhas também”.

O músico conta que quando conheceu Gonzaga era Nenê do Acordeom. Antes de ser tornar Dominguinhos, atuou por alguns anos como Nenê. “Depois de uma gravação, que eu estava bem novinho ainda, ele levantou a hipótese do meu nome ser Dominguinhos porque eu tenho Domingos no nome, aí ficava tudo mais artístico do que nenê”.

"Dominguinhos Canta e Conta Gonzaga" é o segundo documentário que Maurício Machada dirige com a participação de Dominguinhos. Em 2010, ele gravou um filme sobre São João (“São João de Dominguinhos”), no qual acompanhava o músico nas festas. 

Wagner Malagrine, que também dirige o filme, conta que já há data de lançamento. “Esse filme é interessante porque o roteiro já é a própria história de Dominguinhos com Gonzaga, e já tem data de lançamento, que é a data do centenário, dia 13 de dezembro”. (Do Metrópolis-TV Cultura)



Manter viva a causa do PT: para além do “Mensalão”

Há um provérbio popular alemão que reza: “você bate no saco mas pensa no animal que carrega o saco”. Ele se aplica ao PT com referência ao processo do “Mensalão”. Você bate nos acusados mas tem a intenção de bater no PT. A relevância espalhafatosa que o grosso da mídia está dando à questão, mostra que o grande interesse não se concentra na condenação dos acusados, mas através de sua condenação, atingir de morte o PT.

De saída quero dizer que nunca fui filiado ao PT. Interesso-me pela causa que ele representa pois a Igreja da Libertação colaborou na sua formulação e na sua realização nos meios populares. Reconheço com dor que quadros importantes da direção do partido se deixaram morder pela mosca azul do poder e cometeram irregularidades inaceitáveis. Muitos sentimo-nos decepcionados, pois depositávamos neles a esperança de que seria possível resistir às seduções inerentes ao poder. Tinham a chance de mostrar um exercício ético do poder na medida em que este poder reforçaria o poder do povo que assim se faria participativo e democrático. Lamentavelmente houve a queda. Mas ela nunca é fatal. Quem cai, sempre pode se levantar. Com a queda não caiu a causa que o PT representa: daqueles que vem da grande tribulação histórica sempre mantidos no abandono e na marginalidade. Por políticas sociais consistentes, milhões foram integrados e se fizeram sujeitos ativos. Eles estão inaugurando um novo tempo que obrigará todas as forças sociais a se reformularem e também a mudarem seus hábitos políticos.

Por que muitos resistem e tentam ferir letalmente o PT? Há muitas razões. Ressalto apenas duas decisivas.

A primeira tem a ver com uma questão de classe social. Sabidamente temos elites econômicas e intelectuais das mais atrasadas do mundo, como soia repetir Darcy Ribeiro. Estão mais interessadas em defender privilégios do que garantir direitos para todos. Elas nunca se reconciliaram com o povo. Como escreveu o historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma no Brasil 1965,14) elas “negaram seus direitos, arrasaram sua vida e logo que o viram crescer, lhe negaram, pouco a pouco, a sua aprovação, conspiraram para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continuam achando que lhe pertence”. Ora, o PT e Lula vem desta periferia. Chegaram democraticamente ao centro do poder. Essas elites tolerariam Lula no Planalto, apenas como serviçal, mas jamais como Presidente. Não conseguem digerir este dado inapagável. Lula Presidente representa uma virada de magnitude histórica. Essas elites perderam. E nada aprenderam. Seu tempo passou. Continuam conspirando, especialmente, através de uma mídia e de seus analistas, amargurados por sucessivas derrotas como se nota nestes dias, a propósito de uma entrevista montada de Veja contra Lula. Estes grupos se propõem apear o PT do poder e liquidar com seus líderes.

A segunda razão está em seu arraigado conservadorismo. Não quererem mudar, nem se ajustar ao novo tempo. Internalizaram a dialética do senhor e do servo. Saudosistas, preferem se alinhar de forma agregada e subalterna, como servos, ao senhor que hegemoniza a atual fase planetária: os USA e seus aliados, hoje todos em crise de degeneração. Difamaram a coragem de um Presidente que mostrou a autoestima e a autonomia do país, decisivo para o futuro ecológico e econômico do mundo, orgulhoso de seu ensaio civilizatório racialmente ecumênico e pacífico. Querem um Brasil menor do que eles para continuarem a ter vantagens.

Por fim, temos esperança. Segundo Ignace Sachs, o Brasil, na esteira das políticas republicanas inauguradas pelo do PT e que devem ser ainda aprofundadas, pode ser a Terra da Boa Esperança, quer dizer, uma pequena antecipação do que poderá ser a Terra revitalizada, baixada da cruz e ressuscitada. Muitos jovens empresários, com outra cabeça, não se deixam mais iludir pela macroeconomia neoliberal globalizada. Procuram seguir o novo caminho aberto pelo PT e pelos aliados de causa. Querem produzir autonomamente para o mercado interno, abastecendo os milhões de brasileiros que buscam um consumo necessário, suficiente e responsável e assim poderem viver um desafogo com dignidade e decência. Essa utopia mínima é factível. O PT se esforça por realizá-la. Essa causa não pode ser perdida em razão da férrea resistência de opositores superados porque é sagrada demais pelo tanto de suor e de sangue que custou.


Leonardo Boff, teólogo, filósofo, escritor e doutor honoris causa em política pela Universidade de Turim por solicitação de Norberto Bobbio.

domingo, 16 de setembro de 2012

A nuvem negra que paira sobre Sampa

Estou curioso pra saber como a mídia golpista vai se comportar se o seu eterno candidato for descartado logo no primeiro turno das eleições. Será que, em se tratando do “risco” de o PT vencer em São Paulo, vão preferir apoiar Russomanno? Justo este que é o representante de Edir Macedo, dono da Record? Justo a Record, inimiga mortal da Globo?


Que sinuca de bico! Serra a caminho do brejo político, rejeitado por metade dos paulistanos e a “cidadela” demotucana, lar da imprensa serrista, arriscada a cair nas mãos de Edir Macedo. Já estão chamando de “Prefeitura Universal do Reino de Deus”. E se o Russo levar essa, segura o bispo pois ele não vai descansar até chegar ao Planalto e ser empossado.

Russomanno é apresentador ou repórter ou aspirante a isso. Sei lá eu como definir esse outro “coiso” parido pela rejeição a Serra e pelo desconhecimento de Haddad. É um personagem da TV que pretensamente defende os direitos dos cidadãos num reality show de charlatões. Se a cena não fica boa, filma de novo. Virou político usando a mesma brecha por onde entram os jogadores de futebol, humoristas, estilistas, cantores e até os chamados ex-bbb. Vez por outra, esses caras “tentam a sorte” na política.

Como os outros candidatos nanicos, Russomanno previa apenas ocupar o espaço gratuito de exposição na TV e conquistar muito menos que a prefeitura de São Paulo. Nunca sonhou e menos ainda se preparou para a possibilidade real de ser eleito prefeito desse enorme abacaxi em que Serra/Kassab transformaram a cidade.

“Gente, eu agradeço de coração. Muito obrigado meeesmo por todo esse carinho” – repete Russomanno na TV. Parece uma Hebe Camargo de gravata! Adivinhem se o seu “plano de governo” é ou não é alguma xerox requentada. Quando afirma que “táxi também é transporte coletivo” e que pretende autorizar o compartilhamento de táxis, o cara parece estar zombando da nossa cara. Não é preciso se esforçar para enxergar o despreparo e a falta de visão.

Neste momento, 35% dos paulistanos pretendem votar nesse pastel de vento. Muito além dos que lhe dão audiência na TV, estes 3 milhões de eleitores mostram como o paulistano foi condicionado a não ter esperanças de que a cidade possa se tornar mais humana. Por isso votam com aquela típica displicência, sempre mal humorados: o voto que “não vai dar em nada”.

São Paulo é uma das 4 maiores cidades do mundo. É difícil de ser administrada porque tudo aqui é gigantesco. Principalmente os problemas. E principalmente os problemas da grande maioria, que vive abaixo do limite tolerável do descaso e do abandono social. Na verdade o lado infernal da vida em São Paulo passa longe da elite paulistana. Eles têm seus bairros, suas escolas, sua saúde, sua segurança, seus helicópteros… tudo contratado na iniciativa privada. O problema da qualidade de vida do “resto” é… do resto!

Na provável e inesperada falta de Serra no segundo turno, apoiar Russomanno não seria um mau negócio para a elite burguesa e sua imprensa imoral. Sabem que Russomanno seria um Pitta piorado e, na melhor das hipóteses, entregaria a cidade no mesmo caos que a recebeu. Confiam que, 4 anos depois, retomariam o controle de seu “país paulistano”.

Já Haddad é o perigo. Não só por ele ser do PT, mas porque faria um excelente governo. Porque começaria uma grande transformação na cidade e resgataria cidadania a milhões de paulistanos. Seria reeleito fácil e os tucanos poderiam dar adeus a São Paulo.

A farsa do julgamento da farsa do mensalão, planejada e executada para “tirar o PT da frente”, somada ao avanço dos evangélicos na política, mostram uma nuvem negra sobre Sampa. Mas para os demotucanos e sua imprensa golpista, dane-se o povo, a cidade, o estado e o país: o importante é criminalizar o PT e voltar a derrubar presidentes trabalhistas. Mesmo que seja na base das cartilha golpista paraguaia ou hondurense. Paraguaia, em andamento, via ministros da (in)justiça do STF que sinalizam queimar petistas em praça pública. E hondurense – na porrada mesmo – se for preciso!



Carta Aberta para Geraldo Alckmin: "Desabafo de um merda de um policial"

Desabafo de um merda de um policial (porque é isso que me sinto sendo funcionário público do Estado de São Paulo, porque é isso que o Estado faz eu sentir).

Parabéns governador, parabéns PSDB (partido dos últimos governadores do estado de São Paulo), parabéns deputados e senadores (acho que até a Presidenta da República tem sua parcela de culpa nessa situação), vocês conseguiram acabar com a segurança pública do nosso estado (os governadores administrando mal nossas instituições e os deputados e senadores fazendo leis cada vez mais brandas, favorecendo cada vez mais os bandidos e as pessoas desonestas desse país).
Você tornaram as nossas vidas (e de nosso familiares, mulheres, filhos, pais, irmãos) insuportável, um verdadeiro inferno.Vocês acabaram com nossas instituições (Polícia Militar e Civil), reduzindo o nosso efetivo a um número tão ridículo, mas tão ridículo, que não conseguimos sequer nos proteger dos ataques dos criminosos.

Obrigado também por massacrar nossas famílias com nossos salários indignos, principalmente porque não temos condição de morar em locais melhores e mais seguros e porque necessitamos fazer nossos bicos para complementar nossa renda miserável, e com isso acabamos por nos expor mais, nos tornando vulneráveis as ações dos bandidos do PCC. Muito obrigado aos políticos em geral e uma boa parte da população que apóia de certa forma essa má administração, de forma passiva, assistindo as desgraças de camarote, sem cobrar nada do estado (as pessoas mal atendidas nas repartições públicas e não reivindicam nada do estado, dos políticos).

Hã ! obrigado também governadores do PSDB do Estado de São Paulo por terem sido incompetentes ao longo desses últimos anos, graças a vocês, hoje o nosso colega PM Santi foi atacado e morto covardemente por criminosos.

Vocês são culpados da sua morte e da morte dos outros policiais vítimas dos ataques dessa facção criminosa que vocês ajudaram a criar, por serem inaptos.

Não posso esquecer de ressaltar também que não só os policiais são vítimas desses bandidos mas toda a população vem sofrendo com o descaso na segurança pública ao longo dos últimos anos.
Nós policiais precisamos basicamente de duas coisas, para ontem:

1-Um salário digno (para não precisarmos mais fazer bicos, se dedicando exclusivamente ao trabalho policial).

2-Melhorar nosso efetivo

Peço encarecidamente a todos que tiverem acesso a essa carta que divulguem essa mensagem na imprensa (falada, escrita, na internet e se possível, principalmente através da imprensa, que se faça chegar essa carta até o governador ou seus assessores para que eles tomem alguma providência). Tenho certeza que com o apoio da imprensa e da sociedade poderemos reverter essa situação.

Colegas do policial militar Marco Aurélio de Santi



sábado, 15 de setembro de 2012

MPF admite que livro editado por Malafaia incita ódio aos gays



A Procuradoria dos Direitos do Cidadão, do MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo), abriu inquérito civil público para apurar a denúncia segundo a qual o livro “A Estratégia – O plano dos homossexuais para transformar a sociedade” difunde ódio contra os gays. 

O livro foi escrito pelo reverendo americano Louis P. Sheldon e, no Brasil, é editado pela editora do pastor Silas Malafaia, a Central Gospel. 

Parecer do procurador Sergio Gardenghi Suiama acatou pedido da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) para a abertura do inquérito, porque trata-se de uma obra que “perpetra uma inegável incitação ao ódio, ao preconceito e à discriminação contra os homossexuais”. 

A ABGLT disse que “The Agenda” (o nome do livro em inglês) é uma cartilha adotada nos Estados Unidos por igrejas evangélicas fundamentalistas que combatem a homossexualidade como se fosse coisa do diabo. 

Na documentação que enviou ao Ministério Público, a associação transcreveu alguns trechos do livro, como este: “O problema não é simplesmente o tipo de sexo preferido pelos homossexuais, mas o estilo de vida que abraçam. Doenças, infecções, vícios em drogas e álcool, e ferimentos são comuns”. 

Suiama concordou que o livro atinge os “direitos fundamentais à honra e à dignidade” de todos os gays. “As ofensas contidas no livro não estão voltadas a esta ou àquela pessoa, mas a toda a coletividade de homossexuais masculinos e femininos”, disse. 

A Central Gospel ainda não se manifestou sobre a decisão do MPF-SP. Contudo, o pastor Malafaia negou em outra oportunidade que a sua editora tenha livro que promova ódio e preconceito. 

O site da editora informa que “A Estratégia" encontra-se esgotado. Com 288 páginas, ele estava sendo vendido a R$ 32,21. Uma resenha informa que o livro trata da família que está sendo implodida não só pelo divórcio, mas também pela “estratégia gay, que visa erradicar a estrutura moral da sociedade e promover relações promíscuas”.

A decisão do MPF é polêmica porque poderá ser interpretada como uma tentativa de impor a censura a um livro, contra a Constituição, que garante a liberdade de expressão.





No 
http://www.paulopes.com.br