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sábado, 6 de julho de 2013

A proposta da Constituinte naufragou em 24 horas. A do Plebiscito durou pouco mais de uma semana. Essa ideia, Plebiscito, já ficou para o ano que vem; se sobreviver.

A Constituinte exclusiva não colou por um quase consenso de não existir espaço legal para fazê-la. O Plebiscito, porque não haveria tempo até 3 de outubro. Essa é a data para que uma modificação na lei eleitoral tenha validade na eleição do ano que vem.

Tudo isso é fato. Como é fato que tais propostas não prosperaram também por outros motivos. O primeiro é a disputa política entre oposição, governo, e a tal "base aliada".

O segundo motivo é que, a princípio, não há chance de o Congresso votar contra interesses dos parlamentares. E uma reforma política atinge interesses de deputados e senadores.

Um exemplo: Clausula de barreira é algo que impede a proliferação de partidos. Se aprovada, um partido só passa a ter acesso à grana do Fundo Partidário, e tempo no radio e TV, se tiver votação expressiva em vários estados.

A Clausula foi aprovada pelo Congresso em 95. O Supremo, onde alguns ensinam como o mundo deve funcionar, derrubou a clausula, por entender ser inconstitucional. Com isso temos 30 partidos. Cada partideco, além do acesso à grana, pode leiloar seu tempo no rádio e TV a cada eleição.

A disputa política: parece que sem entender a exata dimensão dos protestos nas ruas, os partidos estão brincando. A oposição faz de conta que a crise é apenas de Dilma e do governo e não da Política como um todo.

O governo, depois de três anos trancado no castelo, parece crer que bastam algumas mágicas para recuperar tempo e espaço perdidos.

É claro que quem foi às ruas não pediu Constituinte nem Plebiscito. Mas pediu o fim da Política porca. Que o congresso, se ainda resta algum juízo, vote reformas minimamente saneadoras até outubro.

Quem esteve e está nas ruas talvez não tenha se tocado para algo: o Brasil tem 5.561 prefeituras e câmaras de vereadores. Tem 27 assembleias estaduais e o Congresso. Numa conta ligeira, são 73 mil políticos.

A cada dois anos essa safra se renova. O senso comum prega que “tá cheio de ladrão” na Política. Talvez tenha chegado o momento de nós, os brasileiros, olharmos para o espelho e perguntarmos:
-Bem, de que planeta vem esses políticos e seus maus hábitos? Eles vieram de Júpiter? São fruto de geração espontânea?

Sem contar os ladrões das ruas, o mesmo, ladroagem, se diz de Detrans. Como se diz de porções do judiciário, dos ministérios, secretarias, da CBF, do futebol como um todo.

Como sabemos, onde há corruptos há também corruptores. Pergunta para o espelho: de que planeta vem toda essa gente?

Fonte:Bob Fernandes via facebook

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