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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Pesquisas, manifestações e mudanças

Nova rodada de pesquisas de intenção de voto apontam um cenário que indica a vitória da presidenta Dilma Roussef ainda no primeiro turno da eleição presidencial de outubro próximo. O resultado é frustrante para os adversários e inimigos do PT, em razão de que todos as entrevistas dos levantamentos estatísticos foram realizados em um período de tempo em que a presidenta e o governo se encontram sob intenso tiroteio da mídia tradicional e da oposição.

Um dos destaques das manchetes é a queda (previsível) nas intenções de voto da presidenta Dilma. A referência, no entanto, omite a dimensão pouco significativa dessa situação e a ausência de crescimento de outras candidaturas. O objetivo midiático é o de apontar, insistentemente, uma tendência que pretende ver materializada nas urnas. Os resultados das pesquisas, no entanto, não tem ajudado a estratégia midiática. Se as eleições fossem agora, a presidenta Dilma venceria a eleição presidencial no primeiro turno.

O resultado das pesquisas, entretanto, deve ser examinado com cuidado por todos os que apostam (e trabalham para isso) numa vitória eleitoral do PT em outubro. É óbvio que o dado estatístico da vitória no primeiro turno, especialmente em razão do verdadeiro bombardeio midiático, é digno de comemoração. O tratamento dado pela mídia eleitoral ao resultado do levantamento estatístico é tendencioso também quando estimula a associação de Eduardo Campos com Marina Silva, sem que, com isso, consiga qualquer resultado perceptível.

O ódio ao PT, manifestado publicamente pelo conservadorismo, deve ser aprofundado nos próximos meses. As armas a serem utilizadas por nossos adversários e inimigos são, desgraçadamente, ilimitadas. Diante do previsível insucesso eleitoral, a desmoralização generalizada da atividade política pretende criar um caldo de cultura propício a uma aventura golpista, uma ideia estúpida que tem o repúdio da imensa maioria da população.. 

Os grandes veículos de comunicação destacam também um aumento na desaprovação do governo comandado pela presidenta Dilma. A insatisfação captada pelas pesquisas, no entanto, pode estar ligada com a perceptível insuficiência das mudanças realizadas até aqui. O fato de candidatos da oposição não subirem na mesma proporção dessa insatisfação, segundo as pesquisas, pode ser um indicador de que a esperança de aprofundamento das mudanças está ligada à permanência do PT no governo federal.
As manifestações populares de meados de 2013 foram disputadas pelo conservadorismo, que pretendeu dar aos protestos um conteúdo de oposição ao governo federal. Isso não aconteceu, em grande medida, porque as manifestações reivindicavam um aprofundamento das mudanças iniciadas com a posse do presidente Lula em janeiro de 2003. 

É improvável para a opinião pública acreditar que figuras como Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva sejam capazes de, eleitos, realizar enfrentamentos que já não estejam na pauta do governo federal. É bem mais provável que eles tentem conquistar o voto do eleitorado conservador e a simpatia do mercado financeiro. 

Não há a mínima possibilidade que os candidatos mais fortes da oposição expropriem o latifúndio improdutivo para implantar a reforma agrária, que estabeleçam a taxação das grandes fortunas para promover a distribuição da renda e da riqueza do país ou que deixem de pagar os juros da dívida interna e externa para o aprofundamento de políticas públicas de inclusão social. 

De modo muito semelhante à maioria dos manifestantes de meados do ano passado, o resultado das pesquisas indicam uma tendência, majoritária e importante, a favor do aprofundamento das mudanças. E a maioria do povo brasileiro prefere que essas mudanças aconteçam através do governo do PT comandado pela presidenta Dilma Roussef.

Via:http://diferenteolh.blogspot.com.br/

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