"Nunca deixei de estar submetido
à pressão simultânea
de duas idéias contrárias
e que me parecem ambas verdadeiras,
o que me leva ora a ir de uma a outra,
segundo as condições que acentuam
ou diminuem a força de atração de cada uma,
ora a aceitar como complementares
essas duas verdades
que, no entanto,
deveriam logicamente se excluir uma à outra.
Tenho ao mesmo tempo,
o sentimento
da irredutibilidade da contradição
e o sentimento
da complementaridade dos contrários.
É uma singularidade que vivi,
primeiramente admitida,
depois assumida,
enfim integrada
[...]
Assim, mais do que nunca e plenamente,
vivo, submeto-me e alimento-me,
dialógica permanente,
entre fé e ceticismo,
misticismo e racionalidade.
O trabalho das contradições contínua.
Eis sua consequência existencial:
Viver no duelo dos contrários,
isto é, nem na duplicidade sem consciência
nem no justo–meio,
mas na medida e na desmedida;
não numa resignação morna,
mas na esperança e no desespero,
não num vago tédio
ou num vago interesse da vida,
mas no horror e no maravilhamento."
Edgar Morin
à pressão simultânea
de duas idéias contrárias
e que me parecem ambas verdadeiras,
o que me leva ora a ir de uma a outra,
segundo as condições que acentuam
ou diminuem a força de atração de cada uma,
ora a aceitar como complementares
essas duas verdades
que, no entanto,
deveriam logicamente se excluir uma à outra.
Tenho ao mesmo tempo,
o sentimento
da irredutibilidade da contradição
e o sentimento
da complementaridade dos contrários.
É uma singularidade que vivi,
primeiramente admitida,
depois assumida,
enfim integrada
[...]
Assim, mais do que nunca e plenamente,
vivo, submeto-me e alimento-me,
dialógica permanente,
entre fé e ceticismo,
misticismo e racionalidade.
O trabalho das contradições contínua.
Eis sua consequência existencial:
Viver no duelo dos contrários,
isto é, nem na duplicidade sem consciência
nem no justo–meio,
mas na medida e na desmedida;
não numa resignação morna,
mas na esperança e no desespero,
não num vago tédio
ou num vago interesse da vida,
mas no horror e no maravilhamento."
Edgar Morin
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