Rio - As universidades federais no Rio disponibilizam, por ano, 550 vagas para Medicina. Com a implementação regulamentada das cotas, a metade (275) será destinada a alunos da rede pública, negros e indígenas. É o fim do monopólio do sistema de ‘meritocracia injusta’ que restringia as turmas de biomédicas a eurodescendentes de classe média, que tinham dinheiro para fazer cursinhos caros e ocupavam nove em cada dez cadeiras. Com as cotas, é um novo Brasil, que torna mais igualitárias as oportunidades para todas as etnias.
Das quase 200 instituições públicas que já adotaram um sistema de inclusão (antes da aprovação da lei), mais de 30 já fecharam pesquisas avaliando o desempenho acadêmico. Para nossa alegria, os cotistas estão atingindo médias acadêmicas iguais ou superiores às da classe média, que entrou sem o apoio das cotas.
Brevemente poderemos ver médicos negros, indígenas e brancos pobres disponíveis para atender seus irmãos de periferia. O próprio Conselho Federal de Medicina diz que o problema não está na falta de médicos, e, sim, na concentração, distribuição ou omissão dos profissionais da classe média alta, que não querem trabalhar nas periferias ou no interior do Brasil, onde o povo está abandonado. A nação dá a eles o curso de graça, e não querem atender os pobres da nação... absurdo!
Fazemos um apelo a diretores, professores e funcionários da rede pública: sem medo, motivem seus alunos a fazer as faculdades de seus sonhos! Eles precisam acreditar que agora é possível! Selecionem interessados em prestar vestibulares para as universidades públicas e ofereçam aulas de reforço à noite ou aos sábados! Não tem professores entusiasmados? Chamem pré-vestibulares comunitários para realizar voluntariamente este serviço social! Suas escolas poderão estar entre as que mais aprovaram! Que coroamento para este rico trabalho! Os pobres merecem suas atenções e carinho! Nós, que pagamos os seus salários, muito agradecemos!
Coordenador da Educafro
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