Total de visualizações de página

domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz 2013, Brasil!!



2012 está chegando ao fim. Foi mais um ano em que a mídia e a direita raivosa acharam que iriam acabar com o PT, com o governo Dilma, com Lula. Não funcionou de novo. Às vésperas das eleições municipais o STF julgou o tal mensalão como uma gigantesca farsa, uma encenação midiática diária que durou semanas. E mesmo assim São Paulo, a mais importante capital do país, disse um sonoro não ao eterno candidato Serra, do PSDB, disse um sonoro não aos Marinhos, aos Mesquitas, ao Frias, aos Civita, e elegeu um prefeito do PT escolhido por Lula, Fernando Haddad. 

O mais engraçado é que cansei de ler nos blogs da direita burra que aqui em São Paulo não, em São Paulo o PT não se elegeria, que aqui em São Paulo o PT não entraria. Não só elegemos nosso candidato a prefeito do PT, como elegemos o maior número de vereadores. A presidente Dilma termina o ano de 2012 com aprovação nas alturas: 78% de aprovação popular. 

A farsa do julgamento do tal mensalão não funcionou. Além disso, as pesquisas indicam que tanto a presidenta Dilma, ou Lula, se elegem no primeiro turno em 2014. Tivemos em 2012 vitórias importantes na política, e enterramos as pretensões do eterno candidato Serra. Caiu a máscara de falsa ética de Demóstenes Torres, do DEM, cassado, assim como caiu a máscara de falso ético, moralista, de Álvaro Dias, do PSDB, que vai ter o mesmo destino de Demóstenes Torres: vai ser cassado, podem apostar, são graves as denúncias contra ele de enriquecimento ilícito. 2013 não será um ano fácil, como não foram 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012, mas a militância petista e o povo brasileiro enfrentaram com garra, com vontade e com sabedoria as armadilhas da direita raivosa. São 10 anos de governo do PT, e o povo sente na pele, na alma e no bolso o quanto a sua vida melhorou.

 O EUA e a Europa, estão enfrentado uma crise econômica imensa, com desemprego recorde, miséria, falta de crédito, greves e mais greves, insatisfação geral com os governantes e com as medidas recessivas que estão sendo tomadas. Como ocorreu no Brasil na era FHC. O Brasil sentiu os efeitos da crise, o PIB baixo é um reflexo do que ocorre lá fora. Mas o Brasil não quebrou, e não vai quebrar como na era FHC. A nossa economia está forte, sólida, o desemprego nunca foi tão baixo, o consumo nunca foi tão alto. Que venha 2013, o ano que antecede a eleição de 2014, estamos preparados, vacinados, o povo ficou sabido, esperto e vai dar novamente uma banana para o PIG, para a direita raivosa.

Feliz 2013 com Dilma presidenta, com o PT governando o Brasil para todos. Não poderia deixar de desejar um feliz 2013 especial ao povo da minha cidade, São Paulo, que se livrou do DEM/PSDB e seus rabos acéfalos. Agora é Haddad, agora é PT.
Jussara Seixas

sábado, 29 de dezembro de 2012

FELIZ ANO NOVO!!!



A todos os amigos e seguidores do Blog, desejo que, com as mudanças, tudo melhore e vocês, caros leitores, sejam felizes. Que consigam alcançar as metas que estabelecerem para 2013.

Feliz ano novo!

Abraço.

Mães de homossexuais mortos sensibilizam pernambucanos contra a intolerância. Veja vídeo


Grupo protestou no Centro do Recife. Crédito: Arthur de Souza/DP/D.A Press

Em meio ao intenso movimento da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, integrantes do movimento Mães pela Igualdade (grupo de mães que tiveram filhos ou filhas homossexuais assassinados por crimes de ódio motivados por homofobia) e jovens do Observatório Juvenil dos Direitos Humanos do Recife distribuíram uma carta à população e cartilhas alertando para a necessidade da punição dos crimes praticados por homofobia. Com o tema “Uma noite feliz sem homofobia”, o ato tem o objetivo de alertar a sociedade para a violência que está acontecendo contra os gays, lésbicas e travestis em todo o país.

Segundo o Movimento Leões do Norte, em Pernambuco, foram levantadas 31 mortes de homossexuais somente este ano. O caso mais recente apontado pelos militantes foi a morte do jornalista goiano Lucas Fortuna, 28 anos, assassinado na praia de Gaibu, Litoral Sul do estado. Apesar dos grupos gays afirmarem que se tratou de um crime homofóbico, os delegados Gleide Ângelo e Alfredo Jorge, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsáveis pelo caso, concluíram que se tratou de um crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

“Não podemos aceitar que nossos filhos e filhas continuem sendo assassinados e que esses crimes não sejam esclarecidos e os criminosos punidos. Também não podemos admitir que a polícia diga que os gays são responsáveis por facilitar os crimes cometidos contra eles. Estamos aqui para tentar mudar a visão do governo e da sociedade para com a comunidade LGBT”, destacou Eleonora Pereira, integrante do Mães pela igualdade e mãe do produtor cultural José Ricardo Pereira, assassinado em 2010, no bairro de Jardim São Paulo, no Recife, no crime de homofobia.

Quem passou pela Conde da Boa Vista aprovou o manifestação. “Acho muito importante esse tipo de ato. Todo mundo é igual e a violência está muito grande. As pessoas precisam se respeitar mais”, relatou a dona de casa Elisabete Carvalho. “O tema ‘Uma noite feliz sem homofobia’ é para alertar as pessoas que podemos ter um Natal feliz se esses crimes foram punidos com o rigor necessário. Esse ato será o útimo que faremos neste ano, mas teremos muitas outras atividades em 2013 para continuar lutando pelos direitos dos gays”, finalizou Eleonora Pereira.


Por Wagner Oliveira, do Diario de Pernambuco

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Liberdade, dignidade e publicidade




Texto: Yves de La Taille, para Carta Capital.


O objetivo desse artigo é refletir sobre a liberdade de expressão quando relacionada à publicidade dirigida ao público infantil. 


Comecemos pelo belo conceito de liberdade perguntando-nos se tal princípio — que confere ao ser humano o direito de não ser coagido e também o dever de não coagir as demais pessoas — é absoluto ou relativo. Se for absoluto, não haverá situação na qual será correto privar alguém de alguma forma de liberdade. Se for relativo, haverá situações nas quais, por mais raras que sejam, a ausência de liberdade será legítima. Ora, é claro que o princípio da liberdade é relativo, pois depende do setor de atividade ao qual se aplica. Por exemplo, não temos a liberdade de matar nossos desafetos, nem de humilhá-los. 


Qual, então, é o princípio que limita o exercício da liberdade? É o princípio da dignidade, que confere ao ser humano o direito à integridade física e psicológica e ao respeito. Mais ainda, é o próprio conceito de dignidade que embasa o de liberdade, como explicita a Declaração dos Direitos Humanos: “o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade”. 


Será o princípio da dignidade relativo ou absoluto? Diferentemente da liberdade, o princípio da dignidade é absoluto: com efeito, não se concebe razão pela qual seria legítimo desrespeitar alguém ou atingi-lo na sua integridade física e psíquica. Logo, para julgar a legitimidade de cada ação humana devemos analisar se ela fere, ou não, a dignidade alheia. 


Isto posto, passemos a pensar a liberdade de expressão no âmbito da publicidade empregando os critérios acima expostos. 


Antes de mais nada, sublinhemos que a publicidade com objetivos de vender produtos ou serviços é uma forma de expressão bem particular. Logo, a ela não se aplica a liberdade de expressão concebida como direito de exprimir opiniões ideológicas, políticas, religiosas e outras. A publicidade da qual estamos falando não veicula opiniões, mas sim discursos que visam convencer os indivíduos a comprar. O alvo da publicidade não é o ‘bem’ do consumidor potencial, mas sim o benefício da empresa que produz produtos ou oferece serviços. Logo, evocar a liberdade de expressão para justificar a ausência de limites para o discurso publicitário é tomar confortável e suspeita carona num valor essencial à democracia. Se a publicidade presta algum favor, é à economia de mercado e não à democracia. 


Devemos sublinhar também que a publicidade da qual estamos falando não se confunde com transmissão de informações. Logo, a ela também não se aplica o direito à informação, essencial à democracia. Por quê? Basta ver como é feita a maioria delas. É claro que, por definição, elas informam o público de que existe tal banco, tal supermercado, tal carro, tal serviço, etc. Mas frequentemente a informação para por aí: o que, de fato, se vê são formas de seduzir o potencial consumidor, não raramente totalmente estranhas ao produto veiculado. Por exemplo, numa publicidade de celular, vê-se um famoso jogador de futebol falando de sua vida, de suas paixões e de seu respeito pelo pai: qual a relação com o apetrecho tecnológico? Nenhuma. Como não se vê relação alguma entre as qualidades objetivas de um supermercado ao dizer dele que é lugar de ‘gente feliz’. Logo, regular a publicidade não é ferir o inalienável direito à informação. 


Chegamos então ao centro de nosso argumento: a publicidade é essencialmente uma forma de manipulação. Cuidado! Manipulação não é necessariamente algo negativo. É uma forma de convencer ou seduzir. Mas, quais são os critérios que ajudam a distinguir entre manipulação aceitável (e que confere ao manipulador a liberdade de exercê-la) e não aceitável (que deve ser proibida)? 


Ora, é o princípio da dignidade que nos oferece o critério. 


O respeito pela dignidade alheia implica, como dizia Kant, que outrem seja sempre tratado como fim em si, e nunca como meio. No caso de um compositor, por exemplo, o ouvinte manipulado que se deleita com a música é, ele mesmo, beneficiado (assim como o compositor, ao obter reconhecimento e, quem sabe, dinheiro). Em relação à publicidade, qual o beneficiário dela? O indivíduo manipulado por ela ou a empresa que contratou a mensagem? Ou ambos? Como as empresas não têm vocação altruísta (como se vê com clareza nos momentos de crise), é claro que um beneficiário inconteste é a empresa. E o virtual consumidor? Ele pode ser também beneficiário, contanto que os produtos a ele apresentados sejam bons. Se não forem, ele terá sido ‘enganado’. È por essa razão que as publicidades enganosas são consideradas ilegais. 


Mas logo surge uma nova questão: quais os critérios que o virtual consumidor submetido à manipulação da publicidade possui para julgar se ele será, ou não, beneficiário? Ele certamente se valerá de suas experiências anteriores, empregará informações variadas que possui, e se valerá de sua capacidade intelectual de discernimento. Ou seja, toda publicidade, para exigir a liberdade de sua divulgação, deve deixar essa ‘chance’ ao indivíduo que a vê, ouve ou a ela assiste. 


Terá o público infantil essa chance? Têm as crianças reais experiências? Não. Possuem elas informações o bastante? Não. São elas capazes de discernimento intelectual? Não. Logo, há orisco (digo bem o risco) de publicidades a elas dirigidas não respeitarem a sua dignidade no sentido de as manipularem sem que em nada se beneficiem desta manipulação. 


É com essa questão que muitas pessoas se preocupam e não veem com bons olhos a publicidade dirigida ao público infantil. Sabem que a dignidade embasa a liberdade, e não o contrário. 





Yves de La Taille é professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e conselheiro do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana. Autor de “Moral e ética – dimensões educacionais e afetivas” (Prêmio Jabuti 2007), atualmente ministra aulas de Psicologia do Desenvolvimento e desenvolve pesquisa na área de Psicologia Moral.


Fonte: Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/economia/liberdade-dignidade-e-publicidade/

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A Folha tenta se explicar





Nos três momentos mais importantes da história brasileira, a mídia estava do lado golpista, do lado das elites, contra o povo e a democracia. Entre eles, o jornal dos Frias, um dos que mais tem a esconder do seu passado e do seu presente. Uma funcionária da empresa há 24 anos, que fez sua carreira totalmente na Folha, que já ocupou vários cargos na direção na mesma, escreveu uma espécie de história ou de justificativa da empresa. O livrinho tem o titulo "Folha explica Folha". Mas poderia também se intitular Folha tenta se explicar, em vão. O artigo é de Emir Sader.


Emir Sader

Os órgãos da imprensa brasileira não podem fazer suas histórias, tantos são os episódios, as posições, as atitudes indefensáveis deles ao longo do tempo. Suas trajetórias estão marcadas pelas posições mais antipopulares, mais antidemocráticas, racistas, golpistas, discriminatórias, de tal forma que eles não ousam tentar contas suas histórias.

Como relatar que estiveram sempre contra o Getúlio, pelas políticas populares e nacionalistas dele? Como recordar que todos pregaram o golpe de 1964 e apoiaram a ditadura militar, em nome da democracia? De que forma negar que apoiaram entusiasticamente o Collor e o FHC e fizeram tudo para que o Lula não se elegesse e se opuseram sempre a ele, por suas políticas sociais e de soberania nacional? Nos três momentos mais importantes da história brasileira, a mídia estava do lado golpista, do lado das elites, contra o povo e a democracia.

Entre eles, o jornal dos Frias, um dos que mais tem a esconder do seu passado e do seu presente. Uma funcionária da empresa há 24 anos, que fez sua carreira profissional totalmente na empresa, sem sequer conhecer outras experiências profissionais, que já ocupou vários cargos na direção da empresa, decidiu – ou foi decidida – a escrever uma espécie de história ou de justificativa da empresa dos Frias.

O livro foi publicado numa coleção da empresa. A funcionária se chama Ana Estela de Sousa Pinto e o livrinho tem o titulo Folha explica Folha. Mas poderia também se intitular Folha tenta se explicar, em vão.

Livro mais patronal, não poderia existir, até porque quem o escreve não tem a mínima isenção para analisar a trajetória da empresa da qual é funcionária. Começa com uma singela apresentação histórica das origens da empresa. De resgatável, uma citação do editorial de apresentação do primeiro jornal da empresa, que se diz como um jornal “incoerente” e “oportunista”, numa visão premonitória do que viria depois. Nada do que é relatado considera a historia como elemento constitutivo do presente. São informações juntadas, num péssimo estilo de historiografia que não explica nada.

Logo no primeiro grande acontecimento histórico que a empresa vive, sua natureza política já aflora claramente: apoio a Washington Luís e oposição férrea a Getúlio, tudo na ótica que perduraria ao longo do tempo: “a defesa dos interesses paulistas” ou do interesse das elites, revelando a função da imprensa paulista: passar seus interesses pelos de São Paulo. 

Naquele momento se tratava de defender os interesses da lavoura do café. Para favorecer aos fazendeiros em crise, a empresa aceitava o pagamento de assinaturas em sacas de café, revelando o promiscuidade entre jornal e o café. 

De forma coerente com esse anti-getulismo em nome dos interesses de São Paulo, a empresa se alinha com a “Revolução Constitucionalista” de 1932, contra a “ditadura inoperante, obscura e inepta em relação ao Estado de São Paulo”. O estado é sempre a referência, sinônimo de progresso, de liberdade, de democracia. O anti-getulismo é visceral: “O diretor Rubens Amaral levava seu anti-getulismo ao extremo de impedir que os filhos saíssem de casa quando o ditador (sic) visitava São Paulo. ‘Dizia que o ar estava poluído”, conta sua filha mais velha.”

Esse elitismo paulistano fez, por exemplo, que o Maracanaço de 1950 só fosse noticiado na terça-feira, na pagina 4 do caderno “Economia e Finanças”. 

A autora tenta abrandar as coisas. Afirma que “A posição da Folha foi oscilante ao abordar o governo de João Goulart (1961-64) e a ditadura que o sucedeu.” Mentira, o jornal fez campanha sistemática pelo golpe militar.

Bastaria ela ter se dado ao trabalho de ler os jornais daquela época. 

Encontraria, por exemplo, no dia 20/3/1964, a manchete: “São Paulo parou ontem para defender o regime”. E, ainda na primeira pagina: “A disposição de São Paulo e dos brasileiros de todos os recantos da pátria para defender a Constituição e os princípios democráticos , dentro do mesmo espírito que dito a Revolução de 32, originou ontem o maior movimento cívico em nosso Estado: “Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade”. E vai por aí afora, reproduzindo exatamente as posições que levaram ao golpe. Editorial de primeira página vai na mesma direção. 

Bastaria ler alguns dos jornais desses dias e semanas, para se dar conta da atitude claramente golpista, mobilizadora a favor da ditadura militar, pregando e enaltecendo as “Marchas”. Nenhuma oscilação ou ambiguidade como, de maneira subserviente, a autora do livrinho sugere.

A transformação da Folha da Tarde num órgão diretamente vinculado à ditadura militar e a seus órgãos repressivos, o papel de Carlos Caldeira, sócio dos Frias, no financiamento da Oban, assim como o empréstimo de veículos da empresa para dar cobertura à ações terroristas da Oban, são coerentes com essas posições.

De Caldeira, ela não pode deixar de mencionar que “tinha afinidade com integrantes do regime militar e era amigo do coronel Erasmo Dias”. “Caldeira não era o único com conexões militares. Na redação da empresa havia policiais civis e militares, tanto infiltrados como declarados – alguns até trabalhavam armados.”

Sobre o empréstimo dos carros à Oban, a autora tenta aliviar a responsabilidade dos patrões, mas fica em maus lençóis. Há os testemunhos de Ivan Seixas e de Francisco Carlos de Andrade, que viram as caminhonetas com logotipos da empresa estacionadas várias vezes no pátio interno na fatídica sede da Rua Tutoia. Só lhe resta o apelo às palavras do então diretor do Doi-Codi, major Carlos Alberto Brilhante Ustra – condenado pela Justiça Militar como torturador - que “nega as afirmações dos guerrilheiros”. Bela companhia e testemunha a favor da empresa dos Frias, que a condena por si mesma. 

Já um então jornalista da empresa, Antonio Aggio Jr. “reconhece o uso de caminhonete da empresa por militares, mas antes do golpe”. Dado o precedente, ainda na preparação do golpe, nada estranho que isso tivesse se sistematizado já durante a ditadura. Fica, portanto, plenamente caracterizado tudo o que diz Beatriz Kushnir no seu indispensável livro “Caes de Guarda”, da Boitempo, significativamente ausente da bibliografia do livro, sobre a conivência direta da empresa dos Frias na ditadura, incluído o empréstimo das viaturas para a Oban.

Editorial citado confirma a posição da empresa: “É sabido que esses criminosos, que o matutino (Estado) qualifica tendenciosamente de presos políticos, mas que não são mais do que assaltantes de bancos, sequestradores, ladrões, incendiários e assassinos, agindo, muitas vezes, com maiores requintes de perversidade que os outros, pobres-diabos, marginais da vida, para os quais o órgão em apreço julga legítimas toda promiscuidade.” (30/6/1972)

Assim os Frias caracterizam os que lutaram contra a ditadura. Fica plenamente caracterizado que a empresa estava totalmente do lado da ditadura, reproduzindo os seus jargões e a desqualificação dos que estavam do lado da resistência. 

Passando pelo apoio ao Plano Collor, a empresa saúda a eleição de FHC como a Era FHC, com um caderno especial, assumindo que se virava a pagina do getulismo, para que o Brasil ingressasse plenamente na era neoliberal. Do anti-getulismo a empresa passou diretamente para o anti-lulismo – posição que caracteriza o jornal há tempos -, sempre em nome da elite paulista. A Era FHC acabou sem que o jornal tivesse feito sequer uma errata e nem se deu conta que a nova era é a Era Lula.

A decadência da empresa não consegue ser escondida. Depois de propalar que tinha chegado a tirar 1.117.802 exemplares em agosto de 1994, 18 anos depois, com todo o aumento da população e da alfabetização, afirma que tira pouco mais de 300 mil, para vender muito menos – incluída ainda a cota dos governos tucanos.

Ao longo dos governos FHC e Lula, a empresa foi sendo identificada, cada vez mais, com órgão dos tucanos paulistanos, seus leitores ficaram reduzidos aos partidários do PSDB, sua idade foi aumentando cada vez mais e o nível de renda concentrado nos setores mais ricos.

A direção do jornal, exercida pelos membros da família Frias nos seus cargos mais importantes, tendo a Otavio Frias Filho escolhido por seu pai para sucedê-lo, cargo que ocupa já há 18 anos, por sucessão familiar.

Apesar de quererem explicar a Folha, a impossibilidade de encarar com transparência sua trajetória, o livro se revela uma publicação subserviente aos proprietários da empresa, oficialista, patronal, que reflete o nível a que desceu a empresa ao longo das duas ultimas décadas.

Via: http://wwwterrordonordeste.blogspot.com.br

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal




Desejo a vocês um Feliz Natal  Que seja novo, de vida nova...
 De alegrias e superações

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Joaquim Barbosa não aceita pedido de obsessão de Gurgel em eliminar Dirceu e Genoíno




Novo pedido de encarceramento dos réus da Ação Penal 470 deverá ser analisado pelos ministros do Supremo depois do recesso do Judiciário, em 15 de fevereiro. Decisão de Barbosa ocorreu depois de intensa pressão -- a favor e contra as prisões imediatas. Presidente do STF optou por não carregar o peso de decidir sozinho o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel



O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deixou para o plenário decidir o pedido de prisão imediata feita na quarta-feira 19 pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O chefe da Procuradoria queria mandar para a cadeia imediatamente os réus condenados na Ação Penal 470, mas ao menos em sua petição, não convenceu Barbosa. Três deputados foram condenados: João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP); além de José Genoíno (PT-SP), que é suplente e deve assumir o mandato no início de 2013.

Vivendo os últimos dias sob intensa pressão, o presidente do STF disse que estava analisando uma situação inédita no Judiciário. Para Barbosa, o tribunal já decidiu antes pela impossibilidade de prender um condenado que ainda tem direito a recursos, mas explicou que isso nunca havia sido discutido num processo que teve início e estava sendo julgado pelo Supremo. Ele não quis adiantar sua posição antes desta sexta-feira.

A petição do procurador foi interpretada por muitos juristas como uma manobra para que Barbosa avaliasse o pedido sozinho, já que o Supremo entrou em recesso. O presidente do STF sabia que, se encaminhasse o pedido para ser decidido entre os ministros, não teria votos suficientes para aprovar a prisão imediata. Na última sessão do ano, Gurgel não fez o pedido porque disse precisar de mais tempo para concluí-lo. Ele entregou o documento a Barbosa dois dias depois.

Deputados se dividem

Na Câmara, as opiniões sobre o pedido de prisão imediata variavam. O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) considerava "improvável" que o STF decretasse a prisão dos réus antes de ser oficialmente publicado o resultado final do julgamento, o chamado acórdão. Isso porque, até lá, os condenados ainda podem pedir a reconsideração das sentenças.

"Em todo o mundo, a prisão se dá após o trânsito em julgado. A regra tem sido essa, mas nada impede que se modifique esse entendimento. O resultado das decisões do Supremo já é extremamente positivo, independentemente de eles começarem a cumprir a pena agora ou daqui a pouco", avalia Thame.

Já o 1º vice-líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), defendia a prisão imediata dos réus: "Uma vez julgados e condenados, não há porque o Supremo não mandá-los para a prisão, atendendo a uma determinação do Ministério Público Federal. Os condenados deverão ser recolhidos à cadeia."

Para o deputado João Paulo Lima (PT-PE), não havia como a prisão ser imediata, pois a fase de recursos ainda pode mudar o resultado final do julgamento: "Há uma certa ansiedade do procurador de punir os réus, mas eles têm residências fixas e são pessoas comprovadamente com uma história política. Então, é necessário preservar todas as instâncias; prisão só em última instância, quando não houver mais possibilidade de recursos."

Análise

O presidente da Câmara, Marco Maia, também foi contra uma ordem de prisão sem o trânsito em julgado do processo. Em relação se a Câmara tomaria alguma providência, ele afirmou que primeiro esperaria a decisão do STF e então decidir como a Câmara agirá. Nesta quinta-feira, o deputado não descartou oferecer abrigo aos condenados que tivessem prisão imediata decretada. Os parlamentares ficariam asilados no Congresso, já que a Polícia Federal não tem autorização para entrar lá.

"A Constituição determina que um deputado só pode ser preso em duas circunstâncias: em flagrante delito ou depois de condenação transitada em julgado. Numa decisão de prender parlamentares legitimamente eleitos pelo povo, nós vamos precisar analisar se alguma dessas condições se colocou ou está colocada", pondera.

Fonte: http://www.brasil247.com

O inimigo da moral



O maior inimigo da moralidade não é a imoralidade, mas a parcialidade.

O primeiro atributo dos julgamentos morais é a universalidade. Pois espera-se de tais julgamentos que sejam simétricos, que tratem casos semelhantes de forma equivalente. Quando tal simetria se quebra, então os gritos moralizadores começam a soar como astúcia estratégica submetida à lógica do "para os amigos, tudo, para os inimigos, a lei".

Devemos ter isso em mente quando a questão é pensar as relações entre moral e política no Brasil. Muitas vezes, a imprensa desempenhou um papel importante na revelação de práticas de corrupção arraigadas em vários estratos dos governos. No entanto houve momentos em que seu silêncio foi inaceitável.

Por exemplo, no auge do dito caso do mensalão, descobriu-se que o esquema de corrupção que gerou o escândalo fora montado pelo presidente do maior partido de oposição. Esquema criado não só para financiar sua campanha como senador mas (como o próprio afirmou em entrevista à Folha) também para arrecadar fundos para a campanha presidencial de seu candidato.

Em qualquer lugar do mundo, uma informação dessa natureza seria uma notícia espetacular. No Brasil, alguns importantes veículos da imprensa simplesmente omitiram essa informação a seus leitores durante meses.

Outro exemplo ilustrativo acontece com o metrô de São Paulo. Não bastasse ser uma obra construída a passos inacreditavelmente lentos, marcada por adiamentos reiterados, com direito a acidentes mortais resultantes de parcerias público-privadas lesivas aos interesses públicos, temos um histórico de denúncias de corrupção (caso Alstom), licitações forjadas e afastamento de seu presidente pela Justiça, que justificariam que nossos melhores jornalistas investigativos se voltassem ao subsolo de São Paulo.

Agora volta a discussão sobre o processo de privatização do governo FHC. Na época, as denúncias de malversações se avolumaram, algumas apresentadas pelaFolha. Mas vimos um festival de "engavetamento" de pedidos de investigação pela Procuradoria-Geral da União, assim como CPIs abortadas por manobras regimentais ou sufocadas em seu nascedouro. Ou seja, nada foi, de fato, investigado.

O povo brasileiro tem o direito de saber o que realmente aconteceu na venda de algumas de suas empresas mais importantes. Não é mais possível vermos essa situação na qual uma exigência de investigação concreta de corrupção é imediatamente vista por alguns como expressão de interesses partidários. O Brasil será melhor quando o ímpeto investigativo atingir a todos de maneira simétrica.

Vladimir Safatle

Via: http://contextolivre.blogspot.com.br/

CONFIRMADO: O GLOBO QUER UMA NOVA DITADURA



Manchete desta sexta-feira do jornal de João Roberto Marinho acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), de intimidar ministros do STF, quando o que está ocorrendo no Brasil é justamente o contrário; charge traz ainda um "Papai Gurgel" com um presente de Natal para os réus da Ação Penal 470: é Joaquim Barbosa com a chave da cadeia.



247 - Duas capas desta semana do jornal O Globo foram emblemáticas. A de terça-feira dizia que o Supremo não apenas cassava parlamentares, como também advertia a direção da Câmara para que se aquietasse. No dia seguinte, o Congresso não era mais tratado como um poder independente, mas sim como um ente rebelado da República. A adesão do Globo ao novo regime político que se instala no Brasil, a chamada "supremocracia", fez com que o 247 colocasse a seguinte questão: "Será que o Globo quer uma nova ditadura?" (leia maisaqui).

Pois a resposta é sim e está estampada na capa desta sexta-feira do jornal da família Marinho, que acusa o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), de intimidar ministros do STF, quando o que está ocorrendo no Brasil é justamente o contrário. O Supremo, sim, invadiu a competência do Poder Legislativo, ao violar o artigo 55 da Constituição Federal e contrariar sua própria jurisprudência sobre o tema (leia aqui artigo de Renato Janine Ribeiro). E quem intimida o Poder Legislativo é justamente o chefe do Poder Judiciário, Joaquim Barbosa, que ameaça mandar a polícia invadir a Câmara dos Deputados, caso algum deputado queira estar em seu gabinete num eventual momento de decretação de prisão. Marco Maia apenas tem avisado que o Brasil "não é mais uma ditadura" e que deputados só podem ser presos em flagrante delito ou após o trânsito em julgado de uma ação – o que ainda não ocorreu.

Na capa do Globo desta sexta-feira, há também um "Papai Gurgel" que traz um presente para os réus da Ação Penal 470: Joaquim Barbosa com uma chave de cadeia. A prisão antes do trânsito em julgado, além de ferir a jurisprudência do STF, viola a vontade do próprio plenário da corte – que teria rejeitado a medida, caso ela tivesse sido levada a voto na última segunda-feira.

Tempos de radicalização política se anunciam no dia do fim do mundo.

http://www.brasil247.com

Rússia: Torcida do Zenit pede ao clube para não contratar gays, negros e latinos




Mais homofobia vinda da Rússia. Lamentável. Lamentável, também, o racismo!

Torcedores do Zenit, de São Petersburgo, na Rússia, causaram um grande escândalo nesta segunda-feira ao publicar um manifesto no qual pedem para que o clube deixe de contratar jogadores gays, negros ou latino-americanos.

Este absurdo surgiu em meio a uma onda de protestos de atletas russos do elenco contra o valor astronômico (mais de R$ 100 milhões) desembolsado para a contratação do brasileiro Hulk, que chegou ao clube em setembro e foi o jogador mais caro da última janela de transferências do futebol europeu.

Apesar do conteúdo nitidamente racista e homofóbico do texto publicado no seu site, o grupo de torcedores Landskrona rejeitou qualquer acusação de racismo. “Não somos racistas, mas, para nós, a ausência de jogadores negros no Zenit faz parte de uma importante tradição, que marca a identidade do clube”, disse o manifesto.

São racistas, sim! Deveriam ter a coragem de assumir isso.

O texto ainda diz que o clube “nunca foi mentalmente relacionado com África, América do Sul, Austrália ou Oceania” e alega que o clube “está impondo jogadores negros no time praticamente à força”.
A empresa semiestatal Gazprom, gigante mundial do mercado de gás natural e proprietária do Zenit, divulgou um comunicado para pedir mais tolerância ao seus torcedores e deixou claro que “a contratação dos jogadores não tem nada a ver com a nacionalidade ou a cor da pele”.
“A luta contra qualquer forma de intolerância é um princípio de base para o desenvolvimento do clube, do futebol e do esporte no mundo todo”, completou a Gazprom.

O elenco do Zenit já havia sido personagem de uma controvérsia envolvendo a chegada de Hulk. Em setembro, vários jogadores do elenco boicotaram o atacante brasileiro por conta do alto salário que ele recebe. O volante Desinov, antigo capitão da equipe, chegou a declarar que tais valores só se justificariam se fossem Messi ou Iniesta.

Trecho do manifesto (cuidado para não vomitar no computador!):

“Nós não somos racistas, mas a ausência de jogadores negros na escalação do Zenit é uma importante tradição que enfatiza a identidade do clube e nada mais.

Nós como o clube mais setentrional das grandes cidades europeias nunca compartilhamos a mentalidade da África, América do Sul, Austrália ou Oceania. Nós apenas queremos jogadores de outras nações eslavas, como Ucrânia e Belarus, assim como dos países bálticos e Escandinávia. Temos a mesma mentalidade, histórico e cultura que estas nações.

Grande parte desses campeonatos é jogada em climas duros. Nessas condições, às vezes é difícil para os jogadores técnicos de países quentes exibirem seus talentos no futebol de forma completa. Queremos jogadores mais próximos da nossa alma e mentalidade para jogar pelo Zenit. E somos contra a inclusão de representantes das minorias sexuais no time”.

Imagina o quanto o Hulk não deve sofrer jogando no Zenit. Deveria haver uma campanha mundial, séria, contra o racismo e a homofobia no futebol. A Fifa poderia deveria fazer algo.

Sobre o Zenit, a empresa semiestatal, a Gazprom, em um país cujo governo é homofóbico. Aí fica complicado mesmo
Via:http://contextolivre.blogspot.com.br

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

HADDAD COMPLETA O TIME E ESTA PRONTO PARA IMPLANTAR O NOVO EM SÃO PAULO A PARTIR DE 2013. CONFIRA OS NOMES E PERFIS!

Prefeito eleito conclui nomeações do primeiro escalão da Prefeitura


O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (14) os nomes de mais cinco secretários que irão compor o novo governo municipal. São eles: Juca Ferreira (Cultura), Simão Pedro (Serviços), Osvaldo Spuri (Infraestrutura Urbana e Obras), Roberto Porto (Segurança Urbana) e José Floriano de Azevedo Marques Neto (Habitação). Além disso, foi anunciada uma substituição na pasta de Verde e Meio Ambiente. O vereador Ricardo Texeira (PV), ocupará o lugar de Roberto Tripoli no comando da secretaria.




Com este último anúncio, Haddad completou o processo de indicação de novos secretários municipais, iniciado pelo governo de transição no dia 12 de novembro. Desde então, foram realizados cinco anúncios.


O prefeito eleito manterá em sua gestão o mesmo número de secretárias da atual administração: ao todo, serão 27 pastas, das quais 26 já tiveram seus secretários nomeados. O ocupante da CGM (Controladoria Geral do Município) será indicado somente após a criação da nova estrutura para pasta.


Apesar de o número de pastas ter se mantido inalterado, o prefeito eleito promoveu mudanças na estrutura do secretariado municipal.


Três secretarias serão extintas: a SECOPA (Secretaria Especial de Articulação para a Copa do Mundo de Futebol de 2014), cujas ações serão coordenadas pela vice-prefeita Nádia Campeão (PCdoB); a Secretaria Especial do Microempreendedor Individual (SEMEI), que se integrará à pasta de Desenvolvimento Econômico; e a Secretaria Municipal de Participação e Parceria (SMPP), que será absorvida pela Secretaria Especial de Direitos Humanos.


Outras três pastas serão criadas: a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, a Secretaria de Políticas para as Mulheres e a CGM (Controladoria Geral do Município).


Confira abaixo os perfis dos novos indicados: 


SEGURANÇA URBANA


Roberto Porto é mestre em Direito Econômico e Político pelo Mackenzie, onde também se graduou em Direito. Promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social, atuou por 12 anos no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Atualmente está Corregedoria Geral do Ministério Público do Estado de São Paulo. Também é professor de Direito Processual Penal na FAAP. Anteriormente, atuou como Promotor de Justiça nas comarcas de Sorocaba, Guariba, São Sebastião e Suzano.


SERVIÇOS


Simão Pedro Chiovetti é graduado em Filosofia, com mestrado em Sociologia Política. Deputado estadual reeleito pelo PT em 2010, com 118.453 votos, foi presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas, líder do partido na Assembleia Legislativa (2007-2008) e coordenador de frentes parlamentares (Reforma Agrária, Pró-Economia Solidária, pela Habitação e Reforma Urbana, e outras). É o atual presidente da comissão de Educação e Cultura da Assembleia. Atuou também na antiga secretaria de Bem Estar Social de São Paulo, na gestão de Luiza Erundina. Vive na Zona Leste de São Paulo há 35 anos, onde iniciou sua militância política, nas comunidades eclesiais de base e nos movimentos populares urbanos.


CULTURA


João Luiz Silva Ferreira (Juca Ferreira), é sociólogo e ambientalista. Foi ministro da Cultura (2008-2010) e Secretário-Executivo (2003-2008) da mesma pasta, e trabalhou na Secretaria Geral da Cúpula Ibero-Americana (2011-2012), órgão da Cúpula Ibero-Americana de chefes de Estado que reúne 22 países. Foi vereador por três mandatos em Salvador, onde também ocupou o cargo de Secretário Municipal de Meio Ambiente. Formado pela Universidade Paris 1 (Sorbonne), exilou-se por nove anos no Chile, na Suécia e na França durante a ditadura militar.


HABITAÇÃO


José Floriano de Azevedo Marques Neto, é graduado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Possui mestrado em Edificações pela Universidade Estadual de Campinas e especialização em gerenciamento de obras pela Poli/USP. Atuou nos projetos estruturais de trechos dos metrôs de São Paulo e do Rio de Janeiro e em projetos de obras de habitação de interesse popular, como responsável técnico e gestor.


INFRAESTRUTURA URBANA E OBRAS


Osvaldo Spuri, economista, é coordenador técnico na Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), onde atua no desenvolvimento do Projeto do Rodoanel Mário Covas. Trabalhou na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de 1993 a 2005, onde foi responsável pelo Programa de Trens e Sistemas, Gerente do Programa de Expansão e Coordenador da Unidade de Gerenciamento de Projetos. Também teve passagens pela Sabesp, Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) e pela Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, onde foi Consultor Geral e integrou o Grupo de Planejamento Setorial.


VERDE E MEIO AMBIENTE 


Ricardo Teixeira, engenheiro, trabalhou na CET, no Dersa e no DER. Vereador desde 2007, foi reeleito pela segunda vez na última eleição. Na Câmara, atua, principalmente, em projetos para segurança no trânsito, qualidade de vida e meio ambiente. É integrante das comissões de Defesa dos Direitos Humanos, Meio Ambiente e Trânsito e Transporte. Também é da corregedoria da Casa. Foi chefe-de-gabinete da Secretaria das Subprefeituras.


Veja quais os secretários das demais pastas:


Governo – Antonio Donato Madormo


Finanças – Marcos de Barros Cruz


Planejamento – Leda Maria Paulani


Negócios Jurídicos – Luis Fernando Massonetto


Desenvolvimento Urbano – Fernando de Mello Franco


Saúde – José de Filippi Junior


Transportes – Jilmar Tatto


Desenvolvimento Econômico e Trabalho - Eliseu Gabriel


Coordenação das Subprefeituras - Francisco Macena


Relações Governamentais - João Antonio


Promoção da Igualdade Racial – Netinho de Paula


Assistência Social - Luciana Temer


Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - Marianne Pinotti


Verde e Meio Ambiente – Ricardo Teixeira


Educação – Cesar Callegari


Relações Internacionais – Leonardo Barchini


Comunicação – Nunzio Briguglio Filho


Políticas para as Mulheres – Denise Motta Dau
Esporte, Lazer e Recreação – Celso Jatene


Direitos Humanos – Rogério Sottili


Controle Urbano – Paula Motta Lara

Fonte:http://forumzn.blogspot.com.br

Ato em defesa de Lula



O pizzaiolo da corrupção tem nome: Alvaro Dias (PSDB-PR)


Os tucanos são a desgraça e a HIPOCRISIA que assola este país! 

O cacique do PSDB senador Alvaro Dias, paladino da "ética" e tão crítico ao governo do PT , foi o principal articulador para livrar a cabeça do governador de goiás, Marconi Perillo e a sua turma da CPI do cachoeira. Vagabundo safado!

Veja quem votou a favor e contra a corrupção:

SENADORES

A favor da CPI:

Jorge Viana (PT-AC)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Pedro Taques (PDT-MT)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Aníbal Diniz (PT-AC)
João Costa (PPL-TO)
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)

Contra a CPI e defensores da corrupção

Sérgio Petecão (PSD-AC)
Sérgio Souza (PMDB-PR)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jayme Campos (DEM-MT)
Alvaro Dias (PSDB-PR)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP)
Marco Antonio Costa (PSD-TO)

DEPUTADOS

A favor da CPI:

Cândido Vacarezza (PT-SP)
Odair Cunha (PT-MG)
Paulo Teixeira (PT-MG)
Íris de Araújo (PMDB-GO)
Ônyx Lorenzoni (DEM-RS)
Glauber Braga (PSB-RJ)
Miro Teixeira (PDT-RJ)
Rubens Bueno (PPS-PR)
Jô Moraes (PCdoB-MG)

Contra a CPI e defensores da corrupção:

Luiz Pitiman (PMDB-DF)
Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Domingos Sávio (PSDB-MG)
Gladson Cameli (PP-AC)
Maurício Quintela Lessa (PR-AL)
Sílvio Costa (PTB-PE)
Filipe Pereira (PSC-RJ)
Armando Vergílio (PSD-GO)
César Halum (PSD-TO)

Casagrande e senzala

Levamos séculos para tirar das mãos dos poderosos a chave da Senzala. Os donos da Casagrande só perderam parte de seu poder com a eleição de Lula, em 2002. Somente a partir daí os mais pobres começaram a ter um pouco do básico, como comer, morar e vestir. 

Somente a partir daí o governo não foi feito só para atender os interesses da Casagrande. E é exatamente por isso que uma enorme campanha está sendo movida na grande imprensa e nas redes sociais. Os da Casagrande sabem que é preciso destruir Lula para chegar ao poder e retomar a chave da senzala. 

Os da Casagrande sabem que poderão ter como cúmplices muitos dos que habitaram a senzala e muitos dos que, saindo dela e estando remediados, tornaram-se formadores de opinião. Os da Casagrande sabem que temos uma pré-disposição atávica para o servilismo.

Étienne de la Boétie já comentara no século XVI, em livro célebre, sobre a servidão voluntária dos seres humanos. Em Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire também comenta sobre a disposição dos oprimidos para se tornarem opressores. Muitos da senzala, por algum motivo, tendem a se identificar com os donos do poder. 

Os donos das terras  os donos das fábricas, os donos do comércio, os donos do dinheiro, todos os donos que não somos e que muitos queríamos ser. Portanto, o inimigo a ser batido é Lula, o primeiro com força simbólica para se opor aos da Casagrande, que já não suportam a ideia de perder eleições a cada 4 anos, mesmo apoiados por seu grande braço, a grande imprensa brasileira.

Fonte:http://blog.cev.org.br/joaofreire/2012/casagrande-e-senzala/

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Espaço - Raul Seixas


O grande poeta Raul denuncia que esse modelo de vida vendido como ideal pelo sistema capitalista é uma grande furada. Enfim, Raul quer nos mostrar que a vida é muito mais que bens materiais..


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ZÉ DE ABREU APONTA TRAMA PARA VALÉRIO FALAR



Acordo de R$ 17 milhões teria convencido o empresário a envolver o ex-presidente Lula no 'mensalão', de acordo com o ator; dinheiro teria sido reunido por grupo de empresários, políticos, além de Roberto Civita, dono da Veja; condição era que declarações saíssem primeiro na revista semanal, que em setembro deu capa com Marcos Valério; procurada, editora Abril não se pronunciou.



247 – Declarações de um advogado feitas na madrugada desta sexta-feira denunciam suposta trama que envolve um acordo de R$ 17 milhões para convencer o empresário Marcos Valério a denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do 'mensalão'. A conversa, que teria acontecido num restaurante de Brasília, foi noticiada nesta manhã pelo ator e ativista político José de Abreu, via Twitter.

Ao 247, Abreu não deu mais informações sobre quem seria o advogado, mas garantiu que não se trata de Marcelo Leonardo, representante do publicitário mineiro na Ação Penal 470, da qual seu cliente foi condenado com uma pena que passa dos 40 anos. Marcelo Leonardo sequer teria concordado com o acerto. Quanto à fonte que lhe revelou o diálogo, ele se limitou a dizer: "É um político da oposição".

"Estou repassando o que me contaram, foi nessa madrugada. Uma pessoa ouviu do advogado, que começou a falar mais alto num restaurante de Brasília. Era um lugar menos nobre, não era tipo um Piantella", descreveu José de Abreu, em referência ao famoso ponto de encontro de políticos da capital federal. Segundo ele, há ainda prometido ao empresário dois apartamentos nos Estados Unidos, um em Miami e outro em Nova York, "FORA o pagamento de TODAS as multas financeiras a que MV foi condenado".

O acerto teria sido feito sob a condição de que as revelações contra Lula sairiam primeiramente na revista Veja. Em setembro, uma reportagem de capa intitulada "Os segredos de Valério" traz frases atribuídas a interlocutores próximos ao empresário apontando o ex-presidente como chefe do 'mensalão'. Segundo o advogado, o dinheiro para pagar Marcos Valério teria vindo de uma "composição financeira" envolvendo empresários, políticos e o próprio dono da semanal, Roberto Civita, quem, segundo ele, seria o responsável pela organização da 'vaquinha'.

Posteriormente à publicação da reportagem, foi levantado um debate na imprensa e nas redes sociais que questionava a veracidade das denúncias e a existência de um áudio que comprovasse a entrevista. O colunista do jornal O Globo, Ricardo Noblat, liderou a defesa à revista, garantindo que havia, sim, uma "fita" com as revelações de Valério. Procurada pelo247 para comentar as denúncias, a assessoria de imprensa da Editora Abril não respondeu até a publicação dessa reportagem.

Futuro dos filhos

A intenção de Marcos Valério seria "deixar bem os filhos", postou o responsável pelas revelações. Ao 247, o ator acrescentou que há psiquiatras e psicólogos envolvidos e que o publicitário não passa bem. "Cada imóvel teria sido colocado em nome de cada filho de MV. Asaída de casa, a "farsa da separação" segundo o advogado bêbado, fazem parte", escreveu José de Abreu, em referência ao acordo. Valério andava muito deprimido e não queria deixar a família sem garantias quando ele fosse para a prisão, conta Abreu.

Falou, tem que provar

As denúncias, porém, teriam de ser provadas. "Uma parte da grana só seria paga se MV conseguisse que abrissem processo contra Lula", escreveu José de Abreu no microblog. Depois de três meses da reportagem publicada por Veja, o jornal O Estado de S.Paulo revelou, nesta semana, parte de um depoimento do empresário à Procuradoria Geral da República feito em 2003, com mais revelações sobre o ex-presidente.


http://www.brasil247.com

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Lampião - Literatura de Cordel



Lampião uma história inglória


Amigos tomem assento

Nessa roda de cordel

Que vou cantar um lamento
Um pouco de mel e fel.

Vou falar de um brasileiro

Em Vila Bela nascido

Que tornou-se cangaceiro
Arrojado e destemido.

Foi há cerca de cem anos

Na Fazenda Ingazeira

Isso salvo algum engano
Me avisem se é besteira.

Veio ao mundo um menino

De José e de Maria

Foi chamado Virgolino
Oito irmãos ele teria.

Era um menino comum

Tinha uma boa família

E assim como qualquer um
Foi seguindo a sua trilha.

Cedo parou de estudar.

Pra ajudar no sustento

Foi para o pasto aboiar,
Pra garantir o alimento.

Foram Antonio e Levino

Dois de seus oito manos

Que mudaram o destino
E criaram novos planos.

Envolveram-se em brigas

Por marcações de terrenos

E muitas outras intrigas
Outros conflitos pequenos.

Graças à antiga guerra

Que a todos envolvia

Pelas preciosas terras
Uma grande rixa havia.

Lampião foi envolvido

Por essa luta de classe

E enfim virou um bandido
Nesse terrível impasse.

Um seu José Saturnino

Com eles vivia às turras

E o pai de Virgolino
Morreu nessa guerra burra.

O delegado Batista,

Junto com um imediato

De forma meio alarmista
Foi lá desvendar um fato.

Mas sendo bem trapalhão

Matou o José Ferreira

Em desastrada ação
Fazendo grande besteira.

Pra resolver o dilema

O infeliz delegado

Criou um maior problema
Matando um pobre coitado.

Virgolino transtornado,

Resolveu buscar vingança

A ação do delegado
Acabou-se em matança.

Uma tropa existia

Sinhô era o comandante

E Virgolino iria
Entrar nela nesse instante.

Sinhô passa o comando

Para o amigo Lampião

Que vai liderar o bando
Com uma implacável mão.

Ele jamais se cansa

De procurar o conforto

E de buscar a vingança
Pelo seu pobre pai morto.

Mas também há ambição

E há sede de poder

Que guiam a sua mão
Transformando o seu ser.

Virou um temido bandido

Lá pras bandas do Nordeste

Vivia sempre escondido
Num sofrimento inconteste.

Em Juazeiro do Norte

Chamado por Padim Ciço

Pensou que mudaria a sorte
Com valoroso serviço.

Levou uma reprimenda

Pelo seu mau proceder

E teve por encomenda
No interior combater.

A Coluna Prestes era

Causa de muitos transtornos

Uma medonha quimera
No Nordeste e entorno.

Esse forte movimento

Político-militar

Era um grande tormento
Um mal a se extirpar.

Em troca receberia

Pela colaboração

Uma total anistia
E patente de Capitão.

E lá se foi Lampião

Embrenhar-se pelo mato

No cargo de Capitão
A fim de cumprir o trato.

Mas na verdade era falso,

Uma mentira fajuta.

A polícia foi no encalço
O que rendeu muita luta.

Paraíba, Ceará,

E também em Pernambuco

Unidos para caçar
Era coisa de maluco.

Para evitar o fracasso

Enquanto estava no prumo

O nosso Rei do Cangaço
Partiu para outro rumo.

Bandeou-se pra Bahia,

Sergipe e Alagoas.

Lá teve melhores dias
Aquela área era boa.

Por lá um dia ele vem

Conhecer Maria Bonita

Maria Déia Nenén
Numa paixão infinita.

Filha de um sapateiro

A morena enfeitiçou

O temido cangaceiro
E com ele se casou.

Mais tarde, Maria Bonita,

Com Lampião por parteiro

Deu à luz Expedita
Embaixo de um imbuzeiro.

Mas a vida era dura

E o destino sombrio.

No meio da mata escura
Era bomba sem pavio.

A criança foi deixada

Com um fiel guardião

E seguiu sua jornada
O bando de Lampião.

O Benjamin Abraão,

Com carta de Padim Ciço

Teve a autorização
Assumiu o compromisso

De filmar o acampamento

Para um documentário.

Mostrando alguns momentos
Numa vida de calvário.

E ele filmou a vida

Daquela sociedade.

Suas roupas, a comida
E toda a fraternidade.

Lampião em sua roda

Desenhava o figurino.

Ele ditava a moda
Criando modelos finos.

Os chapéus, as cartucheiras

Ornados de ouro e prata

Pra vida sem eira nem beira
Para andar pela mata.

Pra que andar bem vestido?

Parece até contra-senso.

Porém isso faz sentido
Quando a respeito eu penso.

Eles tinham sua arte

E regras de convivência

Em um mundinho à parte
Com sua própria ciência.

Lampião era uma lenda

Até uma madrugada

Quando estava na fazenda
De nome Angicos chamada.

Chegou, então, a volante

Eu um proceder perfeito.

Devagar e num instante
O estrago estava feito.

Tenente João Bezerra

E o sargento Aniceto

Naquele momento encerra
A busca do desafeto.

Cuspiam fogo as metralhas

Criando imenso horror.

Não se conhece o canalha
Que foi o seu traidor.

Uns poucos tiveram sorte

E escaparam com vida.

No meio de dor e mortes
Encontraram uma saída.

Lampião foi dos primeiros

A receber um balaço.

Era o fim do cangaceiro
E era o fim do cangaço.

Lampião é degolado

Num proceder bem covarde.

O corpo é esquartejado
Pra ser exemplo mais tarde.

Maria Bonita, ferida,

Também foi sacrificada.

Ela perdeu a vida
Naquela infame cilada.

Naquele inferno de Dante,

Numa sanha assassina

Os malditos da volante
O cangaço extermina.

As cabeças arrancadas

Do bando de Lampião

Correram o mundo mostradas
Numa vil exposição,

Agora, meu bom amigo,

Eu peço sua atenção

E que reflita comigo
Em delicada questão.

Lampião não era santo,

Ao menos pelo que sei

Mas convenha, no entanto,
Que pra isso existe a lei.

O proceder da volante

Foi coisa de carniceiro.

Atitude revoltante
Pior que a dos cangaceiros.



de Josafá Maia da Costa