FELICIANO E AS PATRULHAS DE DESORDEIROS
Elio Gaspari
folha de são paulo
Quem viu os constrangimentos a que foi submetida a blogueira cubana Yoani Sánchez em sua passagem pelo Brasil deve um cumprimento ao pastor Marco Feliciano. Ele deu voz de prisão a dois manifestantes que integravam uma patrulha de desordeiros manifestando-se dentro da sala em que presidia uma reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Yoani Sánchez foi hostilizada em cinco cidades. Em Salvador, precisou de escolta policial. As patrulhas impediram a exibição de um documentário. Em São Paulo foi obrigada a cancelar uma noite de autógrafos. Calar os outros no grito é falta de civilidade, mas tumultuar uma sessão de trabalho na Câmara dos é violação do regimento da Casa.
Admita-se que a presença de Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos é um contrassenso, mas ele não chegou à cadeira no grito. Está lá porque foi eleito com 211 mil votos e preside a comissão pelo voto de seus pares.
Na década de 1970, o lema da ditadura militar era "Brasil: ame-o ou deixe-o". De acordo com os golpistas,(apoiados pela direita fundamentalista, burguesia, mídia corrupta e a igreja católica), qualquer um que criticasse o governo militar deveria sair (ou ser retirado) do Brasil. O deputado pastor Feliciano, vai tomar para sim desse slogan para se sustentar na Comissão dos Direitos Humanos.
ResponderExcluirProfessor, com todo respeito, o Pastor Marcos de uma lição de civilidade ao Deputado Jean Willys no programa Pânico na Tv, veja a entrevista. Este pessoal da minoria nao respeita absolutamente nada e ninguem. Querem exigir o seu direito,nem que para isto tenha que atropelar o dos outros. Se voce entende isto como democracia, é uma pena!
ResponderExcluirAh,voce cita o exemplo da ditadura militar, como se os caras que ai estao fossem tão diferentes daqueles.A maior prova disto é a existencia de uma Policia Militar em sucessivos governos que se dizem democraticos há pelo menos 25 anos!!!
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