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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O centro é Haddad





Um tal Bruno Carazza, que se apresenta como doutor em Direito e mestre em Economia, escancara no jornal hoje a estratégia da direita para emparedar o futuro governo.

O começo é a ladainha padrão da Folha: o PT é tão autoritário quando o Bozo. Estão lá as evidências: questionou a parcialidade da Lava Jato, chamou o golpe de golpe, não condena a "violência" do MST e de vez em quando fala na democratização da mídia.

Depois vem a lista de exigências, tipo um bilhete de sequestrador. Haddad tem que fazer meia culpa em relação à Lava Jato, garantir que Lula continuará injustamente preso, apoiar a oposição venezuelana, dizer que tudo é culpa da Dilma e defender as reformas de Temer. Por fim, anunciar que seu ministério será formado por apoiadores de Marina, Meirelles, Ciro e Alckmin. É verdade, não estou inventando.

Tudo isso em nome do "eleitor de centro". O texto, de tão primário, serve para ilustrar isso: não existe "centro" no Brasil - ou, melhor, o "centro" na verdade é Haddad. O que existe é uma direita que vem sendo puxada para o extremo.

Não custa repetir: é necessário derrotar o fascismo, sim. Mas não basta. É preciso derrotar o golpe e os retrocessos. A tarefa da esquerda, no governo Haddad, é pressioná-lo para impedir qualquer acomodação.

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